sábado, 24 de setembro de 2011

A nossa outra metade

Existirá nossa cara metade? nosso alma gémea? Os românticos dirão que sim, os realistas acharão ridicula a ideia.Eu não sou nem romântico, nem realista, serei um crente cada vez mais agnóstico, a vida vai-nos arquivando um conjunto de experiências que nos vão aumentando ou diminuindo a crença ou descrença, na ideia de que existe algures no Mundo a nossa alma gémea, aquela pessoa que nos completa, que queremos viver o resto da vida, o conceito e a ideia, é de wishfull thinking, ou seja todos achamos de base uma optima forma de encarar as relações e a nossa parceira ideal.Mas como não existem pessoas ideiais, apenas quanto muito, as circunstancialmente ideais, eu fico-me pela ideia de que o ser humano tenta, convencer-se e vai-se convencendo de que existe mesmo aquela pessoa, que independente dos nossos defeitos irá identificar-se sempre connosco, e ser um só.
Pois, eu até acredito que haja aquela pessoa certa para passar a vida juntos, mas mais por circunstancialidades, habituação, adaptação, acomodação, cumplicidades, aprender a aceitar o inicialmente inaceitavel e não porque as partilhas e personalidades se fundam em uma só, tal é a "osmose" e combinação perfeita entre dois seres.
"Mal amado, ou dizes isso, por não teres encontrado a tal"... dirão muitos, bem, respeito todas as opiniões, e sei que todas as pessoas são fruto das suas experiências de vida, aquilo que advogam, baseia-se em universos, relações, e experiências que viveram, como tal, sou apenas um insignificante grão de areia, neste gigantesco areal que é o nosso Universo,.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Não quero acreditar

Estamos com um mês de governação, é pouco, dirão alguns, no entanto tendo em conta o contexto actual ( memorando de acordo com a Troika) um mês, equivale num periodo normal de governação a meio ano.
È que também se impuseram medidas e restrições em grande número e em tempo recorde.
Como tal, acho que já é justo, fazerem-se algumas considerações, ao desempenho e acima de tudo sinais que esta governação, já nos deu, sem ser atacado pela justificação, que ainda não se deu tempo, para o governo, ser escrutinado.
Ainda estou atónito e sem explicação para as medidas e tomadas de posição deste Governo, e acreditem que não é preconceito ideológico e político, e nem sequer já uma posição definitiva quanto ao carácter positivo ou negativo de tais medidas, mas que me deixaram sem explicação definitiva, e muito preocupado e atónito com primeiras impressões.
O imposto sobre rendimentos do trabalho, deixando de fora os rendimentos do capital, uma politica de sinais simbólicos de cortes nos gastos, que não sendo impactante nos resultados finais seriam pelo menos um sinal ( a poupança nas viagens em classes económicas avião, a história recambolesca dos ares condicionados no Ministério da Agricultura) mas infelizmente, temo que tenham sido apenas sinais simbólicos, pois quando chegamos aos grandes exemplos, a coisa é medonha, veja-se o caso do aumento de administradores da C.G.Depósitos, e culminando na privatização do BPN, com um resultado final inimaginável de muitos milhões de prejuizo, mas o mais grave de tudo ( o processo, sendo complexo, vem de trás e obviamente há muitos responsáveis) é a sensação de impunidade, de vermos que o Estado,e por consequência todos nós, pagaremos bem caro, por esta trapalhada, apenas ficou com o lixo, e parte de prejuizos do BPN, deixando activos de fora, e ainda sem vermos os criminosos que lesaram tanto o Estado,  serem castigados.Serão estes sinais relevantes do futuro próximo do País? de negociatas optimas com o alibi de época de crise, e das restrições impostas pela Troika? Teremos que assistir impávidamente, a que seja o povo, a pagar pelas asneiras e maiores responsabilidades do sistema financeiro, q esse vai assistindo á suas garantias de liquidez salvaguardadas pelo Governo, e pasme-se a manterem lucros substanciais, quando foram estes agentes os principais responsáveis pelo actual estado de coisas.Quero dar o benificio da duvida, mas os sinais são preocupantes...Quo Vadis Portugal....?

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Fado fatal?

Somos Portugueses com muito orgulho, sempre gostei de estudar História de Portugal, essencialmente porque apesar de erros no passado( quem os não fez?), sempre tivemos um História com mais glórias, que vergonhas, com mais contributos ao mundo, que maus exemplos.No entanto, há um cliché associado a Portugal que nos persegue, e que convinha renová-lo e não perpetuá-lo - o fado, triste fado diga-se que mais que um género de musica, é um estado de alma, que nem sempre o foi na nossa História, mas que recorrentemente nos volta a ensombrar qual fantasma do passado.Poucas coisas na vida têm apenas lado mau, e até este estado de alma, tem algo de nobre e de uma beleza serena e nostálgica- a nossa veia literária e poética é disso exemplo( tivemos e continuamos a ter os melhores escritores do Mundo), e a tristeza e sofrimento são essenciais para nos expressarmos de forma elevada.
No entanto,falta-nos cada vez mais a nossa autoestima,temos um pessimismo latente que de tempos, a tempos, parece ir desaparecer, logo retorna, mas cada vez mais acho, não sermos capazes de nos reeinventarmos e criarmos uma nova alma Lusa, que independente ao sofrimento e tristeza, sejamos capazes de melhor elevar o essencial da vida- amar a própria, e viver felizes.
Irónico que tenhamos dado Mundos ao Mundo, mas não tenhamos assimilado o melhor desses Mundos que demos- que melhor exemplo que não o nosso Brasil irmão- No Brasil a expressão crise, não é estranha e foi tão familiar como o ar que respiramos.No entanto este povo sofrido também, teve e tem também, uma forma suprema de expressão musical que tão bem representou esse estado de espirito, de forma tão bela, que ainda hoje, a considero a mais linda forma de expressão musical de todos os tempos - a bossa nova, hoje por hoje, também reeinventada na bossa new wave, assim como o novo fado.
A diferença é a forma como encaramos a vida, mesmo nos momentos de dificuldade e tristeza, os nossos irmãos Brasileiros, não terão concerteza, menos traumas, motivos e justificações históricas para o "fatal fado" mas optou sempre pelo samba alegre, e uma forma saudável de viver a vida, mesmo quando ela, não nos dá motivos para sorrir.Nos tempos que correm, ligo a tv de manhã, á tarde, e á noite e percebo, o porquê do nosso triste fado, sendo tudo verdade, preferimos a reportagem do idoso, que vive com 300€ de reforma q tem q pagar renda, remédios e não tem já q comer, a dificuldade crescente dos jovens q não têm emprego e pior que isso, perspectivas de futuro, a corrupção nas elites no sistema financeiro que dá exemplo de como a sociedade é injusta e quem paga a factura são sempre os mesmos, no entanto, tudo isto são elementos familiares á sociedade Brasileira ao longo das ultimas décadas, e nem por isso deixaram de viver bem a vida, e acima de tudo estar bem consigo proprios, o Português, nunca encontrou esse estado de alma, e talvez por isso, mesmo quando está melhor do que realmente pensa ( é o nosso actual caso, porque apesar de haver crise, estamos muito melhor do q estávamos há 30 anos atrás)  lá vem o fado fatal, essa musicalidade que parece nos obrigar a sofrer para melhor nos expressarmos...até quando Portugal assimilas o que de melhor demos ao Mundo? amai-vos uns aos outros, vivão a vida e sejam felizes....

sábado, 16 de julho de 2011

Nem oito nem oitenta, quarenta

Os ditados populares nem sempre se aplicam, e um dos que desde crianças ouvimos,é q os Portugueses são capazes do oito ou do oitenta, se em alguns casos se aplica, no actual estado de crise e movimentos sociais, ficamo-nos pelo quarenta, nem oito nem oitenta.
Isto a propósito de uma discussão interessante que tenho analisado na Mídia e analistas cá do burgo.
Portugal passará o cenário de convulsões sociais da Grécia? haverá violência em Portugal, a propósito das medidas de austeridade inevitáveis?Diz-nos a História que os Portugueses são bons em momentos maus...( simbólico, e irónico, mas verdadeiro), como devemos olhar para esta postura Lusa?
Eu acho que tem vertentes positivas, mas uma essência terrivel e como diriam os irmãos brasileiros - postura de bananas... passo a explicar:
Portugal de facto ainda é um povo de brandos costumes, e perante um cenário de austeridade séria e agoniante, tem um povo nestas alturas obediente e estóico no "aguentar" dos sacrificios, perante a inevitabilidade de contenção, e regressão nos seus beneficios e aumento dos sacrificios, naquilo q designamos de designio nacional em prol do futuro do País, esta caracteristica é a luz ao fundo do tunel para os nossos governos que nessas alturas, conseguem com mais facilidade, passarem politicas que em outras alturas seriam bem mais complicadas de serem aceites, somos um pouco como aquele adolescente que gastou em dois dias a mesada principesca dos Pais, para o mês inteiro, mas aguenta o resto do mês a pão e água, mesmo q mais de metade da mesada tenha sido gasta pelo irmão ( cuja analogia seria aqui representada pelo sistema financeiro e aparelho do estado), e aqui, é que vêm os aspectos negativos e de "bananice Portuguesa", é que acho muito nobre e de grande valia, o espirito de sacrificio perante a inevitabilidade de cumprirmos com as nossas responsabilidades e compromissos e não sermos "caloteiros".
Mas a questão é, independente de sermos todos responsáveis, há alguns bem mais responsáveis que outros.
E o problema é q quem está e vai pagar essas responsabilidades, não são os mais responsáveis, e a tão propalada equidade e justiça social, está bem longe de ser posta em prática.Impostos sobre o trabalho, rendimentos, mas deixar de fora impostos sobre o capital e sobre quem mais especula, quem esteve na origem desta crise mundial, é mais q injusto é terrorismo social, se critico os Gregos pela sua fuga para a frente, entendo-os e admiro-os pela bravura de quererem que não sejam sempre os mesmos a pagar o "pato" Mas as ironias e ambivalências desta situação são inumeras e o meio termo, que é tantas vezes o cenário ideal em tantas coisas na vida, neste caso, é na minha opinião, sinal de fraqueza de consciência social, quando vejo os comentários resignados das pessoas, dizendo, "olhe há que aguentar e fazer sacrificio pelo País"... eu não me revejo num País, que não tem consciência social, e não percebe, que apesar de ser nobre fazermos sacrificios pelo País, devemos fazê-los de forma equilibrada e para além de justa e equitativa, com memória e maior responsabilização daqueles que mais contribuiram para aqui termos chegado, concerteza que o ti João, q trabalha na construção civil há mais de 30 anos, ganha 600€ mensais paga os seus impostos, não recorreu a créditos e sempre geriu a sua vida, consciente das suas limitações, não tem a mesma responsabilidade, que o "Filipe Castelo Branco" que é stock holder e ganhou milhares na bolsa, comprou vivenda em cascais de milhões, a crédito, tem empresas de concessão de crédito, tipo Credibom e Compª e não vai ver os seus rendimentos e lucros sobre o capital taxados e ainda diz orgulhosamente " eu faço parte dos 10% dos trabalhadores que vão pagar a crise, quando pagarei 1000€ de imposto extraordinário ( mas ganha 5.000, fora as mais valias com acções e Compª)´, enquanto o Ti João de facto pagará "apenas 200€", pergunto a quem fará mais falta o imposto pago?
Inveja tenho é dos Islandeses que perante a factura de milhões a pagar pelos erros  e asneiras da banca nacional e credores bancários Ingleses e Alemães, fizeram o famoso manguito á ideia Portuguesa de todos pagarem a divida de forma "equitativa e irmã".
Que orgulho q num clima de ratings de lixo, de crise galopante, a Banca Portuguesa tenha mostrado que passou nos testes de stress, e mantenham records de lucros nos seus exercicios em anos de crise...porque será? Por isso é com um sentimento de ambiguidade que vejo o nosso Povo a sacrificar-se pacificamente e até mesmo a ser empreendedor e valente numa época tão dificil, mas sem ter consciência social da falta de justiça social na repartição dos sacrificios e responsabilidade que nos trouxe a esta situação, somos mesmo diferentes nem oito nem oitenta, somos  quarenta...

quarta-feira, 6 de julho de 2011

As teorias do Alex

Tenho uma teoria de que gostos se discutem, desde q respeitemos os gostos dos outros, podemos em seguida esculachar com argumentos válidos ( todos os q gostam de Bon Jovi e Michael Bolton, deveriam ser castrados), ou gostar de "Preço certo" ou  " querida julia" seria motivo, para lhes retirarem 60% do subsidio de natal, para ajudar ao déficit nacional.
Isto a propósito do concerto dos Coldplay no Optimus alive, na mesma noite em q escrevo este artigo.Lendo a imprensa, e os comentários na web, a propósito da banda de Chris Martin apercebo-me q hoje em dia ser-se certinho e anti rock status e sem atitude anarquica e de rufias, não rende simpatias,e quem gosta  da banda de Chris Martin é betinho e gosta de musica easy listening.Enfim, sou suspeito, gosto mesmo destes bifes, e garanto-vos q não sou tipo de easylistening nem de musica de elevador, e tb não gosto nem vou á missa, com hard rock, nem heavy metal, nem trash metal, nem nem hip hop, no entanto tenho uma teoria...
Em tudo na vida há qualidade em todos os sectores, na pornografia há optimos, bons, maus e pessimos filmes, na country music igual, até (meu Deus até onde eu concessiono) nas revistas cor de rosa, há boas e más, como tal admito q até engulo e gosto de umas coisas dos Iron Maiden e ACDC, q até ouço umas coisas da Rhianna e assumo sempre amei os ABBA, enfim, sou eclético mas não concebo q alguém possa ouvir Coldplay e dizer, isto não presta....é como dizer eu não gosto de chocolate, eu posso não ser apreciador de chocolate, poderiam dizer como similitude aos Coldplay, mas não gostar de chocolate, é o nosso organismo rejeitá-lo, e isso, não admito q digam dos Coldplay...mas como há gostos para tudo...

sábado, 2 de julho de 2011

Os perigos dos estereótipos culminam na nação Lusa

Hoje assistia a uma sit com britânica "pulling" e não sendo caso unico,acabei a rir-me ás bandeiras despregadas, e de facto estou cada vez mais adepto do humor britânico, ok, já há décadas existia Benny Hill os Monthy Pyton, mas de facto nos ultimos anos, as alternativas a um humor cada vez mais sarcástico, irónico e imprevisivel, tornam os ingleses mestres no humor.No entanto ao longo dos anos, na minha cabeça os ingleses eram aqueles tipos brutos, q vestem fato de treino, ainda por cima, de mau gosto, q passam a vida em pubs, a encharcarem-se de cerveja, emitindo inócuas ideias.Concerteza existem tais personagens, como existe a ideia dos Columbianos, serem todos traficantes, mas dão-nos uma  vibrante Shakira e uns magnificos Guarin e Falcão, os Mexicanos uns fanáticos "siesteiros" q não fazem mais nada q dormir com "su sombrero" a sombra de um chaparro, mas capazes de nos deslumbrarem com uma Frida kallo , e os nórdicos serem uns sacanas frios, e racionais e todos loiros, depois surprendemo-nos q sejam capazes de nos emocionarem com artistas como Bjork e Abba, dos Portugueses? tristes, com o fado omnipresente,mas um povo de brandos costumes, simpático e hospitaleiros- mas,se o fado foi reeinventado, continamos com a perseguição do fado enquanto destino e qual será o nosso depois da crise? simpáticos e hospitaleiros, hummm já fomos, basta lembrar-mo-nos o q se está a passar no Algarve onde já há campanhas de avisos em Inglaterra, para se ter cuidado, pois os ataques aos estrangeiros estão a aumentar, culminando com o estado sisudo e interesseiro da sociedade Portuguesa, onde o materialismo frenético e uma falsa ideia de estarmos no pelotão da frente de uma Europa florescente, nos iludiu.Estereótipos, esses clichés cheios de perigos, já não são fiáveis, nem nunca foram, valha-nos a memória dos nossos herois do passado- D. Afonso Henriques, D. Henrique, Camões, Eça e Pessoa, D. Nuno Alvares Pereira,Vasco da Gama, Pedro Alvares Cabral, Egas Moniz, Padeira de Aljubarrota, e mais recentemente Paulo Futre ( irónico q tenha sido um "espanhol") a libertar-nos em época de cinzentismo do nosso fado triste e divertir.nos  com seus charters de chineses, salvem-nos do precipicio, iluminem-nos com a vossa genialidade, espirituosidade, bravura, q bem precisamos...

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Estado da Nação

Apesar da minha postura muito critica, em relação é evolução da sociedade Portuguesa nos ultimos anos, tal não significa que não ame a minha pátria, aliás, um pouco á semelhança do Pai ou Mâe q muitas vezes sofre quando tem que castigar ou dar sermão, ao seu filho, tal não pôe em causa o amor q tem por ele.
A Politica desiludiu-me desde os tempos, que jovem dirigente associativo, percebi os sapos e estômago q se tem q ter para se ser político, e ainda mais desiludido quando percebi q o q aprendi nos livros e nas aulas de Politica na faculdade, sobre ideologias politicas, hj não passam de referências q em nada contribuem para uma sociedade melhor, apenas, para enganar seguidistas como eu de ideiais que nos dias de hj não passam disso mesmo.Tudo isto a propósito do que se passa na actualidade em Portugal mas tb um pouco por toda a Europa.As crises soberenas e o futuro das nações periféricas europeias, trouxeram a desculpa perfeita para os novos governos á direita, usarem como alibi das suas politicas exageradamente liberais, o cumprimento dos acordos com a troika, e FMI.
Na verdade, entidades como o FMI e Comissão Europeia, são hoje meros "inspectores e executores de objectivos unica,e exclusivamente de resultados financeiros q permitam aos credores garantias de receberem o seu dinheiro ( e juros aguiotas diga-se).
As pessoas e a melhoria dos equilibrios sociais, não contam, se pelo menos a austeridade tivesse mecanismos de equidade e justiça na aplicação áqueles que foram os grandes responsáveis da crise internacional, estariamos todos mais conscientes das obrigações, q sendo de todos, são mais de uns do q dos outros.
Mas como sempre, quem paga a factura é quem menos responsabilidades teve no culminar desta situação, e quem acaba sempre por ser salvo e ajudado, sejam quaisquer q sejam as circunstâncias - o sistema financeiro, um género de equipa q nunca pode perder, pois o árbitro estará sempre pronto a intervir, quando se vislumbrar perigo de derrota para essa equipa.
Veja-se o recente pacote de medidas de austeridade praticadas em Portugal, em vez de se reforçar a contribuição daqueles q foram os maiores responsáveis pelo desiquilibrio de contas do nosso déficit - a banca ( nós também q embarcámos na cantiga do crédito facil) mas os instigadores seriam os 1ºs responsáveis, e aqueles q maior factura deviam pagar, na altura dos sacrificios, mas ai, como é?
facilidades na TSU para quem? empresas, aumento de q ? Iva quem paga, o zé povinho, aumento de IMI, quem paga? zé povinho, a banca pelo contrário, terá o quinhão principal do empréstimo exterior, claro q as pessoas, vão revoltar-se mais cedo ou mais, tarde, não sou apologista de violência, nem de extremismos, mas a verdade é q eu acho q como povo de "brandos costumes" vamos aguentar á grande, nisso se calhar os Gregos Têm-nos no sitio e são mais Homens q nós.... vamos vêr como acaba este filme catástrofe....

sábado, 25 de junho de 2011

Principios em desuso?

Hoje vivemos numa sociedade onde o sucesso e os objectivos materialistas são prioridades cada vez mais insofismáveis.isto a propósito da saida de Vilas Boas do meu F.C.Porto.
Em discussão familiar, meu Pai, chamou-me de idealista e de nunca ir "sair da cepa torta" porque ainda acredito que é possivel haver principios e opções de honra.Claro que não sou ingénuo e colocarmo-nos no lugar de outros á distância será concerteza mais fácil e um pouco demagógico.
Mas como bem disse Miguel Sousa Tavares, na SIC há uns dias, ninguém discute que na vida há propostas irrecusáveis, e que há que agarrar as oportunidades quando elas nos aparecem, mas há que separar exemplos como os de Vilas Boas, de exemplos de pessoas, que têm propostas essas sim, irrecusáveis, face aos seus parcos rendimentos, ou seja, se alguem trabalha num local e ganha, 1.000€ e tem um gosto enorme pela empresa e seus colegas e se sente feliz, mas tem uma outra empresa que lhe oferece 5.000€, todos entendemos que as responsabilidades familiares as obrigações de compromissos financeiros do dia a dia, fazem com q esta seja o q se designa de proposta irrecusável. Outra coisa, é um treinador como Vilas Boas que ganhava quase 85.000€ ter uma proposta para ir ganhar 400.000€.
Não pensava duas vezes dirão a maior parte dos leitores, entendo, mas a minha visão, é outra, não acredito que Vilas Boas com 33 anos, não voltasse a ter novas oportunidades de sair para clubes de top, e não venham com o argumento q em futebol o "comboio não passa 2 vezes" e q ninguem saberia se Vilas Boas não podia ter uma época má, e perder nova oportunidade.
Em alta competição, não é assim, o Curriculum de 2010/11 de invicto, de recordes atrás de recordes, de 4 titulos, já ninguém lhe tira e isso, ficará para sempre no seu C.V.
Dirão, mas esta proposta milionária poderia, não voltar a ter, concordo, mas não ter proposta de 400.000€ , mas ter uma de 250.000 ou 300 vos garanto q iria aparecer, 1º porque o F.C.Porto poderia ter uma época menos boa, mas todos sabemos que menos bom no Porto pode ser ganhar coisas, e a mais, que todas as condições estavam reunidas para Vilas Boas ter á sua disposição, uma equipe ainda mais sólida (fruto de mecanismos que só teriam tendência a serem aperfeiçoados) e um plantel ainda mais ambicioso, com jovens futuros craques a poderem ser lentamente e gradualmente testados e aproveitados ( Kelvin e Iturbe) estes sim, já os futuros substitutos de Hulk e C.Rodriguez.Alguém acredita que mesmo que Vilas Boas mesmo com uma época menos boa, não voltaria a ter propostas de clubes de top?
Pois, eu acho que a sua opção só tem um nome: ganância e precipitação e falta de respeito por si próprio, pois, ninguém o obrigou a ter um discurso de adepto "apaixonado", e como nas relações, quem se diz apaixonado e depois prefere a 1ª opção mais turbinada e com uma boa conta bancária, chamamos bem pior- de golpista e interesseiro, não chegaria a esse ponto, mas concerteza quer como adepto, quer com analista do fenómemeno, acho que Vilas Boas manchou o seus status de Jovem Deus, no Porto.
Tenho ouvido justificações variadas como, ir para o melhor campeonato do mundo, para um clube que lhe dará os jogadores que quiser, que já conhece, bem pois, eu volto a insistir que alguém que treina ao mais alto nivel há 1 ano, e tem 33 anos, tem que perceber que só ganharia, estar mais um ano, num clube que lhe deu e daria todas as condições, quer de plantel quer de condições organizativas, e que tinha uma nação azul, com verdadeiras expectativas de voltar a fazer história na Champions, e nem estava pressionado a ganhar, como em Chelsea, apenas voltar a maravilhar o Mundo com um futebol total e magnifico, q pode ombrear com qualquer equipe do planeta.
Mas, agora coloca-se uma segunda traição, na minha opinião, querer desbaratar o plantel do seu ex clube, quando mesmo, querendo o melhor para si, poderia perfeitamente ter qualquer opção que quiser no mercado, e no próximo ano, ai, sim, atacar em força, Hulk's, Falcões e Moutinhos, continuaria a defender os seus interesses,mas não prejudicaria ainda mais,o seu clube do coração, por isso, se o Chelsea, ainda vier fazer maiores estragos ( ainda q financeiramente legais e correctos) e levar Falcão ou Moutinho, perderei o respeito que ainda lhe tenho, quer pelas vitórias e bom futebol q pôs o meu clube a jogar, quer pelo seu Portismo que  ainda acredito ter, mas passará para mim a ser persona non grata...
A ambição é boa, desde q não desmesurada...quem tudo quer...

sábado, 18 de junho de 2011

O mundo contra nós

A vida é uma montanha russsa com algumas tragédias gregas, e onde o destino é um fado Luso nem sempre triste, mas definitivamente fatalista.Esta prosápia a propósito de uma questão recorrente na minha vida. Lutar contra a estatistica negativa das evidências para os que me rodeiam, lutar contra a suspeição da repetição dos meus desaires profissionais e pessoais. Na prática, se nos acontecem repetidamente problemas com um padrão de situações, mas em que temos convicções das nossas responsabilidades e não aceitamos culpas e complexos, dos quais temos consciência termos a maior parte da razão, mas as pessoas que nos rodeiam, tiram conclusões faceis e defendidas pelas evidências negativas de que quando algo acontece muitas vezes sempre contra nós, somos nós concerteza a origem e responsaveis de tais fatalidades, o que fazemos?
Posso estar errado, e morrerei eventualmente isolado, mas se há algo em que acredito cada vez mais, é que apesar de nem sempre, sermos capazes de desapaixonadamente nos autoanalisarmos, se formos minimamente conscientes e capazes de humildemente reconhermos as nossas fraquezas, mesmo que tenhamos o mundo contra nós, devemos acreditar e levar até ao fim as nossas convicções, pois a História está repleta de exemplos de julgamentos injustos, de democracias e maiorias erradas, e de como quem nos rodeia, muitas vezes comete erros de julgamento, por faceis conclusões baseadas em evidências, nem sempre evidentes.
os velhos do restelo facilmente se deixam levar por tais evidências, dizia alguem que se alguma vez nos chamarem de burros, devemos imediatamente socar o individuo, se nos chamarem segunda vez dar um sova de caixão á cova, se te chamarem 3ª vez, vai buscar a sela para deixares ser montado... eu não me revejo nesta metáfora, acredito em convicções ainda que não cegas.
Como percebemos e podemos saber se temos razão? não há certezas, mas a vida leva-nos por estranhos caminhos, bom exemplo, a história de que um dia algures numa cidade Italiana o grande Charles Chaplin incógnito ter ficado em 3º num concurso de imitações sobre Charlot...

terça-feira, 14 de junho de 2011

Alegria de viver

Há lugares comuns e clichés, que ás vezes são mais que apenas isso, exemplos como "aproveitar a vida ao máximo" a vida são dois dias e um já passou" , não deixes para amanhã, o que podes fazer hoje, parecem ser mais uns dizeres populares, que se aplicam vida fora.Mas a verdade, é que a vida nos vai ensinando que eles são mais profundos do que meramente circunstânciais. As vicissitudes da vida, levam-nos muitas vezes para um estado de letargia e acomodação, muitas vezes, sem muito podermos fazer para o impedir, mas que pelo menos temos uma opção, não ficarmos dominados pela sensação de que façamos, o que fizermos, tudo voltará a acontecer, e que acomodar-nos nos dá pelo menos uma sensação de segurança e de sabermos com o que contamos.Não serei concerteza, exemplo para ninguém, nem tal pretendo, mas a verdade é que quando olho para trás, vejo que independente dos sucessos, e insucessos na vida, o móbil que sempre me fez sentir realizado e motivado, era o de um novo desafio e projecto que me entusiasmasse, mesmo que pairassem ainda  fantasmas de experiências idênticas do passado,  e muitas vezes nos fazem perder tempo e energias.
Isto a propósito do meu novo desafio, que cresce dentro de mim, e me faz ter motivação, para o maior desafio da minha vida, mudar de País, e recomeçar muita coisa de novo.Esse novo desafio, é do poder levar a cultura Portuguesa, alguma gastronomia, musica, e que de melhor tem o nosso País, a um País que aprendi a apreciar e tenho fascinio desde a minha infância- O Brasil - vivi meio ano, no Rio de Janeiro e pretendo para lá voltar, e durante esse periodo, percebi que há muito ainda a fazer, num intercâmbio desiquilibrado, onde apenas Portugal recebe o Brasil, sendo que do outro lado, ainda chega pouco.
Tal não se deve, a ausência de interesse e gosto dos Brasileiros pelo que é Português, apenas na minha humilde opinião, porque também não fizemos muito por mudar esse desiquilibrio, e se eu na minha infima capacidade, puder contribuir para equilibrar "os pratos da balança" ficarei feliz e realizado, apenas vejo a vida dessa forma, a procura de nos realizarmos fazendo o que nos faz bem, sentindo-nos motivados,tendo alegria de viver, que nos ultimos tempos, infelizmente o meu País e essencialmente compatriotas que aqui vivem, me têm retirado.No entanto, fico a torcer para que assim, como eu, o País, possa encontrar novas motivações para "Portugal encontrar de novo alegria para viver"...

terça-feira, 7 de junho de 2011

Campeões do defeso

Há um campeonato q meu clube sempre perde, o campeonato do defeso.Sou de uma geração (72) que está mais habituada como adepto Portista a ganhar que a perder, como confirma a meteórica ascensão do F.C.Porto desde a entrada do Presidente Pinto da Costa, tendo inclusivé assistido este ano, a algo impensável por alturas da minha infância, ultrapassar o maior rival no número de titulos.No entanto, há uma pedra no sapato, que desde essa infância não consigo ultrapassar, essa pedra é vêr o Benfica todos os anos a ganhar o campeonato do defeso.Se ganham o campeonato (como no ano passado) é o defeso da glorificação e das vendas de 2 ou 3 dos seus melhores jogadores, mas logo seguido de 8 a 10 compras para entreter e enganar os adeptos.Quando o ano passado, se falava de como a saida do Di Maria e Ramirez poderiam enfraquecer o Benfica, achei que foi desculpa de mau pagador, contratar Gaitan ( potêncial internacional argentino e de facto bom jogador) Jara, Kardec (internacional sub 20 brasileiro) Airton (uma das revelações do Brasileirão no Flamengo) e ainda conseguir o empréstimo de Sálvio outro potêncial internacional argentino, convenhamos, teóricamente não enfraqueceu as Águias.De facto na minha opinião, o problema foi mais de gestão de êxito do que de enfraquecimento do plantel, aliás para quem não se lembra, o próprio Presidente dos encarnados afirmou que neste ultimo ano, o Benfica havia batido o record do maior orçamento de sempre do clube da 2ª circular.Este ano, mais uma vez o Benfica lidera destacado (acho q até com mais pontos de vantagem do q os q o Porto teve no final do Campeonato) o Campeonato do defeso.Potênciais contratações são ás dezenas, de Garay a Witsel, de Enzo Perez a Kubo Torres, de Bryan Ruiz a Uche, culminando em Melgarejo, e se a essas acrescentarmos as contratações já confirmadas: Nolito, Nuno Coelho,Artur, Bruno César, e os retornos de Urreta Viscaya e Rodrigo, temos uma nova equipa que definitivamente já ganhou o Campeonato do defeso.No Dragão o Campeonato é outro, é o de segurar o que é imprecindivel, renovar com quem tem q se renovar, e comprar mais uns putos maravilha (Kelvin, Iturbe) para preparar gradualmente as mega vendas de Falcão Hulk , Fernando e Rolando sendo q os dois primeiros aguentarão mais um ano, qual Deco antes de ganharmos a Champions em 2004 e ser prometido ao Barça...este é o nosso campeonato- o da competência...

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Identidade Lusa

Por mares nunca antes navegados, seria um lema de vida que abraçaria da mesma forma q nossos antepassados fizeram, na ânsia de dar novos Mundos ao Mundo.Hoje a realidade é diferente os Portugueses, já não são os vanguardistas da ciência náutica, ou tem uma frota e conhecimentos cartográficos, nem se diferenciam dos outros povos pela sua audácia, hoje são confrontados pela necessidade de sair para procurar um futuro mais risonho, seja pela precariedade profissional, seja pela constatação de uma insatisfação na qualidade de vida, e da crescente perda de valores na relação entre cidadãos da nação Lusa.Com o fenómeno da globalização e da cada vez maior integração do individuo nos diversos mercados mundiais ( Comunidade Europeia, Mercosul) a identidade nacional deixou de ter o peso que tinha, e hoje, temo que ser Português, passe a ser cada vez mais, apenas um registo de passaporte, e um acumulado de História de Portugal aprendida na escola, mas com a qual a identificação se ficará cada vez mais, pela admiração e orgulho num passado de glórias e feitos grandiosos, claro que esta visão de "velhos do restelo" tem agora novos desafios, e a alma Lusa, passará a ser redifinida pela nossa capacidade de voltarmos a "encontrarmo-nos" e mostrar-mos ao Mundo que há qualquer coisa diferente em se ser Português...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Politica humana- A Utopia

Eu estou farto de politica feita pelos politicos, não vou pelo cliché fácil de dizer q os politicos são todos corruptos, que só mentem que apenas querem poleiro, etc, etc.
Não tenho preconceitos contra o sector ( exceptuando os profissionais da política q nunca fizeram mais nada na vida, desde jotinhas até ministros) acho q como em todos os sectores há bons e maus profissionais. Há corruptos, mentirosos, em todas as profissões.
O problema é a ditadura dos lobbys e do exercer do poder, até hoje nenhum governo foi capaz de em prol do bem estar da maioria, ser equitativo na justiça social entre os grupos económicos mais fortes e o resto da sociedade.
Desde já quero deixar bem claro q não há neste discurso, nenhumas expressões do q se designa de radicalismos ideológicos, ou dos papões comunistas ou idealistas de movimentos que apenas criticam, pois sabem que nunca terão responsabilidades de governar.
O simples facto de ter tido o cuidado de ter q fazer este preâmbulo, já é sintomático dos preconceitos sociais, que existem no nosso País ( não só ) sobre todas as pessoas que defendam politicas e ideias que contrariem os grandes grupos ( Banca, monopólios no combustivel, energia eléctrica, patrões das grandes superficies,etc).
A questão não é da luta contra o capital, nem da luta dos pobres contra os ricos, tenho consciência da importância dos grandes investidores, que criam riqueza, emprego.Mas  dai, á total inexpugnabilidade e colocação destes grupos acima de tudo e de todos, ai, a coisa tem que deixar de ser o que sempre é, foi e se não se fizer nada, será.
Os governos, sempre foram e parece serão, escravos de serem influênciados e dominados pelo capital, e não tem que ser.
Veja-se o caso mais flagrante da Banca, se formos sinceros e claros, a Bolsa, os Bancos e demais franjas do sistema financeiro foram os grandes responsáveis pela crise, e estado actual de coisas, nos E.U.A ( País q tb não é perfeito e faz muitas hipócrisias políticas) o governo teve pelo menos a coragem de depois de capitalizar o sistema financeiro, obrigar e impôr a este regras e obrigações de disponibilização de crédito e condições de financiamento a empresas e aos particulares, deixando inclusivé cair alguns Bancos e Seguradoras.
Em Portugal não só se financiou e salvou o sistema financeiro, como não se deixou ninguem cair ( vidé casos BPN ) como para grande espanto meu, o mesmo sistema financeiro que havia sido ajudado, sem sequer lhes ser exigidas contrapartidas, passados uns meses é o mesmo a negar financiar mais o Governo, e ditando inclusivé timings do propalado pedido de apoio externo de Portugal, consoante os seus interesses.
Ser-se da Banca é ter-se certeza q nunca se perde, se alguma vez, como aconteceu, se fizer asneiras, virá a Santa Providência(governos) salvar um sector q tem sempre a desculpa, de ser fundamental para a subsistência das nossas sociedades, e status quo.assim, é facil.
Claro que quando se ouve o discurso, acabar com os beneplácitos e mordomias aos grandes grupos, logo vêm os Portugueses em peso dizer: Comunistas, idealistas, anarquistas sem responsabilidade, mas irónicamente são os mesmos Portugueses chorões q passam a vida a queixar-se de q os Governos e Politicos só querem taxos, q o Povo é q paga a fava, afinal q queremos nós, se recompensamos sempre quem nos trama e nos deixa mal? Não há alternativas, muitos dirão...Quando os limites são atingidos, tem q se inventar e criar soluções ( este é o momento) porque mudar as coisas, não implica ser-se contra o sistema, contra a banca, contra o capital, mas quando existem grandes lideres, existe um discurso forte e conciliador, onde todos os sectores tem q entender q a responsabilidade tem q ser proporcional aos benificios e vantagens q determinados grupos, sempre tiveram, seria criar uma politica de diferenciação e desagregação social, por pedirmos esforços diferenciados contrariando a Constituição, q pugna pela igualdade entre o ser humanos (sabemos q ela nunca existiu e nunca existirá)? sim, mas de uma vez por todas, temos q ter o sentimento de q está na altura de consensos sociais, e responsabilidades sociais em prol de um bem superior, se é utópico? talvez mas só com utopias exequiveis, chegaremos a um final feliz...

segunda-feira, 30 de maio de 2011

ADN Vencedor

Este é o meu primeiro post relativo ao Universo Futebolistico Português e provas Europeias, e o timing não poderia ser melhor, estamos no final do época futebolistica 2010/11.Em termos nacionais, esta época apesar de totalmente dominada pelo azul e branco do clube do Dragão, merece ser escalpelizada, pois tem explicações e motivações de interesse analítico.Desde já, assumir que o meu clubismo (Portista convicto) não me retira aquilo que considero ser, a tentativa de análise o mais imparcial possivel, vamos vêr se consigo tal desiderato.Quem não conhecesse a cultura Portista, pensaria no final da época transata, que estávamos perante uma mudança de ciclo.O Benfica apesar da manifesta influência dos casos dos "tuneis" havia de facto angariado crédito de ter jogado bom futebol e apesar de na minha opinião, ter recebido criticas  de louvor,exageradas face a uma época em que um Porto menos efectivo e acrescidamente enfraquecido pelos castigos da Luz, não foram o melhor barómetro de um Benfica cuja vontade de ter sucesso é proporcional ao sucesso e insucesso, isto é, quando perdem é o fim do Mundo, quando ganham já são candidatos a vencer a Champions League.
Para os lados da Luz não se soube gerir nem lêr o sucesso da época anterior, bastava lembrarem-se e irem vêr a história recente para perceberem que as duas ultimas décadas do F.C.Porto são marcadas por ciclos de vitórias, interrompidas por alguns anos de insucesso momentâneo, para logo em seguida serem retomados os trilhos das vitórias.A estratégia de verem um Porto pela 1º vez em muitos anos na Europe League, vendendo 2 esteios da equipe de Jesualdo (Bruno Alves e Raul Meireles) vendidos, foi para o Benfica um sinal de fraqueza, não sabendo lêr os sinais da História Portista, quando o tombo é maior, maior é a recuperação (vidé 2003/04 pós Octávio, com Mourinho).O recrutamento de um noviço (André V.Boas) face ao grande mestre das tácticas (mais uma vez o Benfica vai do 8 ao 80) não percebendo que por muito q o Benfica tivesse entusiasmado em alguns jogos do ano passado, não se impuseram na Europa, e internamente aquilo q chamaram uma época de "rolo compressor" redundou a ganharem o campeonato na ultima jornada, e não conseguirem descolar de um Braga que por muito q tenha crescido, na minha opinião, ainda não tem estofo para em circunstâncias normais ganhar um Campeonato Português.A prova de tudo isso, surgiu logo no inicio da temporada, com a Supertaça, e nem foi tanto pela vitória do Porto, mas pela esmagadora superioridade de uma equipe, que acabava de contratar um novo treinador, e que na sua constituição inicial apenas tinha uma novidade- João Moutinho.O sinal estava dado, mas o Benfica nem assim, abriu os olhos, e preferiu achar que havia sido apenas um jogo, e q o rolo compressor voltaria.
Não voltou, e apesar de após um inicio desatroso ter recuperado e feito uma dezena de jornadas em bom nivel ( não em fantástico nivel como muitos acharam) o Benfica, foi durando a pilula do "dia seguinte" evitando a gravidez prematura de algo que era evidente para analistas isentos da nossa praça- é que o Benfica confunde jogo trepidante e de vertigem contínua, com futebol competitivo.A verdade é só uma, o Benfica servia de modelo interessante apenas para equipes do campeonato nacional de média qualidade, acima dessa média, o futebol trepidante e de vertigem mostrava-se de um romantismo trôpego e de um idealismo quebrável ao 1º confronto realmente sério ( vidé competições europeias).
Na minha opinião, esta era uma época crucial para afirmação do Benfica e sustentação de uma politica de risco máximo que L.F.Vieira encetou nos ultimos anos, com um investimento record, o qual funcionou na época passada como "fuga em frente" em que face aos problemas de tesouraria e de déficit astronómico(mais de 300 milhões)  resultou bem ( o sucesso desportivo é sinónimo de receitas na champions e vendas), mas agora será tempo de pagar o acumulado de investimentos e contratações fortissimas das ultimas épocas ( Aimar, Saviola, Roberto, cardozo,Javi Garcia etc) é bom lembrar que as vendas de David Luiz e Ramirez e Di Maria apesar de optimos negócios, não foram encaixes totais, pois percentagens significativas ou haviam sido alienadas anteriormente, ou não estavam na totalidade na posse do Benfica, assim, prevejo um defeso muito complicado para L.F.Vieira e seus pares.Por outro lado, o F.C.Porto, mostrou uma vez mais a estratégia acertada ao longo dos ultimos anos, de alinhavar seus planteis ao longo de ciclos onde se montam estruturas de planteis fortes, mas onde sempre se é obrigado vender 2 ou 3 jogadores para equilibrar as contas. No entanto, Pinto da Costa percebeu e teve memória de que há sempre um ou outro ano de excepção na estratégia, em que se o clube pretende ir longe na Champions e potênciar vendas no ano seguinte (vidé 2004) tem que manter a estrutura apenas com pequenos retoques.É isso que o clube está a fazer, e na minha opinião, muito bem.Vender um ou dois jogadores, desde q não pilares da equipe, é boa estratégia, e falta saber se Vilas Boas deixou indicações de necessidade de colmatar uma ou duas posições, que a meu vêr, faltam para o time do Dragão ser quase "perfeito" uma boa opção de lateral direito e uma 2ª alternativa a Falcão, se definitivamente o treinador não confiar em walter ( eu gosto muito deste jogador mas admito q lhe falte alguma agressividade e competitividade, apesar da qualidade estar lá), o posto alternativo a Hulk está encarregue a Iturbe ( acho q é a opção para uma futura venda do Incrivel) e no meio campo há opções suficientes a mais com a chegada de outra pérola Kelvin.Faltará talvez um lugar de extremo direito como alternativa á saida de Mariano Gonzalez. Apenas estou curioso, para saber qual a alternativa a uma possivel saida de Fernando, pois não me parece q a equipe ganhe com o recuo de Guarin ( a maior evolução da época no porto), a volta de Prediger, não me convence, apesar de vários exemplo de recuperações de jogadores q inicialmente não vingaram no Porto.
Como tudo q é bom na vida, acho q só se terá noção da época histórica e feitos deste F.C.Porto daqui a vários anos, mas de facto, duvido que se pudesse idealizar nem em sonhos uma época quase perfeita, e um argumento ( ganhar 5-0 ao rival da 2ª circular, ganhar o campeonato na Luz ás escuras, recuperar inacreditávelmente na 2ª mão da taça novamente no reduto das águias) invencibilidade no campeonato, ganhar a Liga europa pela 1ª vez jogando 2 clubes Portugueses, de facto ... only in dreams
No plano internacional, a Espanha bipolarizou as atenções com o duelo de gigantes Barça Real, mas na verdade era um duelo q apesar de equilibrado nas finanças e poderio, estava condenado desde inicio, por algo que ainda permite q o dinheiro não seja tudo em Futebol, a organização, estrutura de um modelo de jogo e habitos e rotinas de jogo, e se no aspecto organizativo Mourinho ainda conseguiu, como era de esperar pela sua competência, equilibrar, já quanto ao modelo de jogo e habitos e rotinas de jogo, o jogo estava perdido desde inicio, e depressa e bem, não há quem,a mais, havia algo desde inicio de contraproducente na ida de Mourinho para um clube como o Real Madrid, mourinho tem adn de luta, polémica, detalhe, politica de comunicação agressiva, e o Real não tinha nada disto, era a imagem da aristrocacia (representada por Valdano) a qual defende q o Real tem q se alhear de criticas a arbitragens, que o Real é superior a mundanismo e não se deve envolver em picardias pouco próprias de clubes de sangue azul... Acredito q Mourinho ainda lutou contra o seu ADN no inicio, mas isso custou-lhe o massacre dos 5-0, e depois, disso, voltou a ser fiel a si, proprio, ganhar 1º, espectáculo depois.
A época não foi desastrosa, nem má, mas a próxima já não tem desculpas, será que um Clube da grandeza do Real Madrid se vergará ao conceito Mourinho? já há um lobby contra Mou, á espera do 1º deslize para atacar á garganta do Português.Há muitas ironias e coincidências entre o modelo espanhol e português, no próximo post falerei sobre isso....

domingo, 29 de maio de 2011

Novo Marketing de rosto humano- ser natural

Não tenho por hábito nem por gosto ser fatalista e pessimista, mas quem me conhece sabe que estou desiludido com a fase porque passa o nosso País,e nem tem a vêr com a propalada crise, mas sim com a evolução dos ultimos dez anos, do nosso estado de alma.Tenho saudades dos tempos em que se dizia que Portugal era o País mais acolhedor da Europa, hoje seria uma frase feita sem sentido, mas mais, para quem cá vive, e na trepidação do florescimento económico pós entrada para a CEE na década de oitenta e cimentada numa modernização do País na década de noventa, nos fizeram crêr que estavamos a caminho do pelotão da frente e que podiamos tudo.
Nesse frenesim da vivência de um capitalismo desenfreado, e de um materialismo sem freio, fomos perdendo a noção que a vida é muito mais que ter casa, carro, telemóvel ultima geração, internet de banda larga e roupas de marca, onde ficaram as jantaradas de amigos, o sair pelo prazer de sair com amigos,e não com os grupos de interesse, de uma sociedade que vive hoje por hoje em função dos interesses profissionais e de status social?
Tudo isto, a propósito de um exemplo de um estado de alma do Portugal de hoje que muito me choca e me deixa triste com o meu País.
Numa sociedade actual onde impera a imagem, o marketing q tudo prepara, politicos, artistas e demais, sou do tempo onde apreciávamos as poucas coisas q eram mediatizadas não pela exposição e marketing artificial, mas pela qualidade e sucesso que tais coisas faziam, quer no nosso País ou mesmo no estrangeiro.
Eu como fã de futebol, tive um particular gosto em ter testemunhado a ascensão e o fulgor do primeiro futebolista Português que abriu os horizontes a uma geração já vasta de grandes futebolistas que tiveram grande sucesso no exterior, mas que precisaram que um jovem genial jogador do Montijo tivesse mostrado a nuestros hermanos que seus vizinhos também produziam génios, pós Eusébio.
Muitas alegrias, me deu Paulo Futre quer como jogador do meu clube F.C.Porto, quer como jogador da Selecção, quer como o maior jogador da história do Atlético de Madrid, ainda hoje um autêntico Deus, colchonero.
Numa altura em que não havia transmissões tv de jogos espanhois, apenas resumos de segundos, lembro-me q ficava parado á espera do resumo internacional, apenas para sentir um orgulho enorme em vêr aquele génio á solta e imaginar os espanholitos a dizer, puta madre q Português genial este...
Tudo isto, porque com um hiato de mais de uma década, apenas fui sabendo do Futre por breves noticias do jornais desportivos, de sua experiência de director desportivo, e sem nunca ter sequer, conhecido o Paulo para além das breves entrevistas dadas,mais para a mídia Portuguesa troçar com o "Pretunhol "do Futre, que nunca se coibiu de falar sem quaisquer pudores nem cuidados linguisticos, afinal tinha já de Espanha quase tantos anos, quantos teve em Portugal, mas a certa altura, era mais importante para analistas cá do Burgo, bater no sotaque do espanholito do Paulo, q em apreciarem o prestigio e a veneração q em Espanha tinham pelo "gajo do Montijo".
De repente, há eleições no Sporting e no meio de toda a dinâmica de campanha própria destes contextos, o Paulo Futre dá a já histórica conferência de imprensa, que eu tive a oportunidade de vêr e dizer para comigo próprio, porra este tipo para além de genial futebolista, não é nenhum banana destes cromos da bola, q não dizem "pão", ok, tem uma forma peculiar de expôr as coisas, mas pode ser uma lufada de ar fresco no universo leonino.No dia seguinte, vejos os jornais a net e a tv e de repente vejo o Paulo a ser massacrado, e autênticamente gozado, como o palhaço q não faz ideia do q disse, e q não dizia "uma pra caixa".
Fiquei profundamente revoltado, e indignado mesmo, ok, também porque era um fâ do Homem, mas mais do q isso, sabia que para além da "piada" que resultou a conferência, o conteúdo tinha substrato.Ainda fiquei na duvida se a reacção das pessoas, era mais do fantástico sketch resultante da conferência e da rábula do Chinês ou se era mesmo de gozo e ridicularização do conteúdo, depois de voltar a lêr fiquei com a certeza de q era a segunda opção.Hoje a vida real confunde-se muito com a ficção e vice-versa, e ninguem entendeu a fantástica lição q o outrora puto do Montijo, hoje Homem que apesar de ter amadurecido, não perdeu a sua maior virtude, além da de génio da bola, o ser um PURO, uma pessoa que como dizia a Tina Turner num dos seus hits - What you see is what you get, o Futre havia acabado de mostrar aos Portugueses aquilo q têm que fazer para o País voltar a ser genuino, e a voltarmos a ter alma Lusa, cantada por Camões e q hoje vejo esvair-se numa amálgama de povo sem rumo, sem genuidade e gerido por marketings politicos, marketings estratégicos, que nos trouxe a ideia de Politicos sem sal, que dizem o q politicamente fica bem, empresários q vendem produtos sem qualidade com embrulhos sofisticados mas sem conteúdo.
Como sempre o tempo é o melhor filtro de tudo, e o tempo provou algo por portas travessas, o País rendeu-se á naturalidade do Futre, pode ser q pelas razões erradas (ainda não sei, qual a ideia actual do povo) mas isso, também já não é relevante, o q devemos é reflectir do pq do sucesso dos grandes lideres e pessoas ( não me refiro a produtos de marketing, nem farsas) o povo quer marketing de rosto humano, o povo emociona-se e quer rever-se nos seus lideres, quem fale a sua linguagem, e os Portugueses têm q se reencontrar consigo próprios, e perceberem que o q temos de melhor são os verdadeiros Portugueses, não uns pseudo cidadãos q se acham de 1º mundo e que copiam o pior da cultura ocidental, a cultura do sucesso a qualquer custo, do materialismo desenfreado, do politicamente correcto, do darmo-nos bem de qualquer forma, o exemplo do Paulo Futre é só mais um, mas há muitos outros, alguns que eu nem  gosto e acho de gosto duvidoso, mas são naturais, puros... e isso é cada vez mais importante

sábado, 28 de maio de 2011

Crise é de valores

Como em tudo na vida, há sempre lado bom e mau em quase tudo.Isto a propósito da ultima "metáfora" em Portugal do estado de alma de uma sociedade sem referências e qual catavento, sujeita ás oscilações das têndencias diatadas , por uma critica e mídia sedentas de alarmes sociais dados pelas tecnologias, mas motivando perigosas reacções em função da exposição e não do normal funcionamento das Instituições.
Tudo isto, a propósito da história dos adolescentes que protagonizaram a triste cena de violência entre moçinhas, que foi parar ao facebook.
Entretanto parece que o País inteiro, acordou para uma realidade surpreendente, como de virgens ofendidas se tratasse, então alguém foi apanhado de surpresa, por percebermos q a nossa juventude, está sem rumo, e o fascinio pelo exibicionismo é mais forte que o equilibrio mental? Todos podemos dizer que já em outras gerações, havia situações de imposição da lei do mais forte e umas valentes pancadarias, mas com uma grande diferença, ela não era gratuita, ao ponto de não haver limites, uns socos, tabefes, e pontapés e ficavamos por ai, não havia a situação gratuita, de bater até a exaustão, e pelos vistos por uma honra ofendida q nem era das moçinhas mas do grandão q estupificadamente, exibiu o seu troféu na rede social...
Não podemos, é depois ser hipócritas sociais, achando que isto é o horror dos horrores, q sociedade é esta, q não tem noção do que realmente se passa por ai? depois, criticamos o papel e influência das redes sociais, como se elas não fossem básicamente o espelho do bom e mau da nossa sociedade, no fundo também poderiamos pensar o seguinte- e se esta triste cena não tivesse chegado ao facebook, a situação como muitas outras aconteceriam, mas ninguem saberia, ninguem seria preso( muito grave quando a justiça  actua isoladamente apenas para enviar um sinal, não sendo um castigo aplicável em tantos outros casos), e nada se diria, triste sociedade esta, que reage a "reboque" das reacções algumas vezes histéricas de uma sociedade que caminhou para a indiferença social, e depois reclama de maior solideriedade e consciência...a crise não é e nunca foi só económica, é de valores