sábado, 8 de dezembro de 2012

A benevolencia do Carrasco

Nos tempos q correm o marketing estratégico é cada vez mais omnipresente na política.infelizmente usado da pior forma,envergonhando quem leciona as diversas disciplinas onde o conceito  consegue seduzir alunos e futuros diretores de marketing.Estou a referir-me ao pior governo de sempre,cuja agenda ideológica ultra liberal,está a usar o contexto de crise e os parceiros da troika como álibi,para fazerem negociatas  e destruirem a classe média, algo q nem nos seus melhores sonhos seria possível em outro contexto."Vivemos acima das nossas possibilidades"...é a frase fetiche destes energumenos, e o q mais me entristece é q muitos portugueses acreditam estupidamente nesta balela.então somos todos responsáveis pela corrupção tipo BPN ,submarinos,eterno favorecimento ao sistema financeiro?quanto muito,temos responsabilidades muito diferentes.Qual é  a postura que estes idiotas ( não é  insulto porque ideias eles têm,idiotas,portanto).É a chamada tática matas mas depois só esfolas,quem ainda não percebeu?
Primeiro vem a chamadaTSU ,depois só uma grande carga de impostos como recompensa pela retirada da dita TSU, depois do choque fiscal descem-se umas decimas num imposto e o povo fica sensibilizado, se não tivermos nada e nos derem migalhas,já achamos melhor q nada.Nesta tática também há a chamada teoria do"atirar barro à parede"...se colar ótimo.exemplos como a tirada do coelho querer ver a reação do povo com a idéia do ensino secundário "propinado "é um bom exemplo.e assim se vão fazendo negociatas com as vergonhosas privatizações (vide rtp e tap).
Até quando vai o povo deixar q esta vergonha continue?serão precisos suicídios como em Espanha?ou apenas quando estivermos iguaizinhos à Grécia para podermos aí sim,pedir mesmas condições? Aí teremos algo em comum consensualmemente -UMA TRAGÉDIA GREGA

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Gostos também se discutem

Sempre achei que " a máxima" Os gostos não se discutem, estava errada, seria capaz de afirmar que os  gostos se devem respeitar, mas não discutir, é uma estupidez.
Os meus gostos, não são melhores em termos relativos e democráticos que os dos outros, mas são reveladores de mim, e quero q me analisem pelos meus gostos.
É um lugar comum, achar-mos que temos bom gosto, mas como acho que sou muito autoconsciente, e me sei analisar bem, meus gostos em geral são bons...melhores em algumas áreas que em outras, mas é algo que cultivo e adoro partilhar com os outros.

Sinto-me tão feliz em descobrir algo de qualidade como partilhá-lo com alguém.
Quando morrer quero que no o meu velório seja um reflexo dos meus gostos, e obrigue os "velantes" a usufruir com gosto ou sem ele, os meus gostos.
Em primeiro lugar a musica, talvez o meu gosto predileto, durante as horas antecedentes á minha finitude ( não digo enterro, pq gostava de ser largado em alto mar), gostava que uma longa playlist previamente escolhida por mim, fosse respeitosamente escutada, para perceberem quanto bom gosto eu tinha.
Serem lidos excertos de livros e passagens favoritas, seria também obrigatório, juntamente com um ecran a exibir alternadamente os meus locais favoritos ( cidade do Porto e suas paisagens reconfortantes, o Douro, a baixa, as pontes, o Rio de Janeiro, o Corcovado e Cristo Redentor, Pedra da Gávea e Arpoador, Pão de açucar com a praia de botafogo como moldura, ao lado o aterro do flamengo, os Arcos da Lapa, o calçadão de Copacabana) com videos e momentos de outra paixão da minha vida, o F.C.P clube do meu coração, aquela coisa em vida, q nunca me traiu nem eu a ela, os momentos inesqueciveis que me fizeram momentaneamente genuinamente feliz : Viena 87, Toquio naquela serenata na neve, 2003 em Sevilha, 2004 ( que bíénio feliz foi esse) Gelsenkirshen, apenas para referir os emblemáticos no meio de dezenas de outros, concluindo com aquele maravilhoso apagão na Luz 5-0....q morte feliz seria a minha....
Pelo meio haveria também, um serviço de catering com os meus petiscos favoritos,celebrar a morte pela gula também me parece bem.... desfilariam pelas goelas dos "velantes" umas entradas q sempre foram obrigatórias no meu menú:
Azeitonas demolhadas em azeite e alho com o melhor pão trigo da bairrada, seguido de um polvo ao molho verde e uns camarões tigre grelhados com maionese caseira, em seguida apresentaria uma das tapas de maior sucesso do meu ex restaurante aromas e sabores - os célebres cogumelos recheados, acompanhados de uns pimentos padron.
Como pratos principais, um tradicional e caseiro arroz ao molho pardo, completado com um magnifico leitão á bairrada, por esta altura, os velantes já rezavam pela minha alma e por tão nobre ideia essa de partilhar com estes um momento final de gula, não fosse ela um pecado mortal. Concluiriamos com uma modesta mas sempre predileta sobremesa de meu gosto: uma boa tarte de amendoa, acompanhada com gelado frito chinês, e um açai com cobertura de doce de leite...estava explicado o peso respeitavel do meu caixão....
Gostava também q meu gosto pela beleza feminina fosse assinalado com uma sensual dança do ventre realizada por balarinas morenas, de tez bronzeada, raças cruzadas, entre o indigena e o asiático, de pereferência curvilineas e de sustento, evitando pois magrelas.

Finalizando este ritual do bom gosto, o cortejo funebre seria uma celebração musical iniciada com o Bolero de Ravel e la gazza ladra de rossini, cuja entrada seguir-se-ia uma playlist notável infindável impossivel de listar aqui, mas que poderia elencar alguns dos meus favoritos:

----- Stevie wonder : Overjoyed
----- Marillion         : The great escape
----- Dire Straits     :  Your latest trick
----- Radiohead      :  paranoid android
----- Keane            : Nothin in my way         
----- Sting              : if you love some  somebody set them free
----- garbage          : The trick is to keep breathing
----- Coldplay       : Moses
------ Bjork             : Isobel
------ David Bowie : Let's Dance
----- Prefab Sproubt : When love breaks down
----- The Waterboys : the pan within
----- Robert Palmer  : addicted to love
----- Bryan Ferry      : Don't stop the dance
----- Genesis            : that's all
----- Pink Floyd        : Learning to fly
----- Tom Petty & the heartbreackers   : a face in the crowd
----- Sade                 : By your side
----- The police        : don's stand so close to me
----- Roxy Music      : More than this
----- The Mission     : Tower of strenght
----- Nick Kershaw   : Wouldn' it be good
----- De Phazz        : Mambo Craze
----- The Beloved    : Sweet Harmony
----- Telepop musik : Love can damage your health
----- Massive attack:  Teardrop
----- The Cardigans : for what it's worth...
----- Tina Turner     : let's stay together
----- Fletwood Mac : Sara
----- Jonh parr         : St Elmos Fire
----- Huey Lewis & the news  :  If this is it
----- Omar              : Ther's nothing like this
----- Bruce Springsteen: I'm on fire
----- Frank Sinatra  : Tha's why the lady is a tramp
----- Harry conick jr : whispered your name
----- Nina Simone    : My baby just cares...
-----Michael Bublée : Everything
----- Nat king Cole  : qui sas, qui sas
----- Natalie cole &  Nat king : Unforgetable
----- Simply Red    : Sunrise
----- Simple Minds : Don't you forget about me
----- Franky Goes to Holywood : Relax
----- Radio Macau : Amanhã é sempre tarde demais
----- Rodrigo Leão : A casa
----- Herois do Mar: Alegria
----- Xutos & Pontapés: Circo de feras
----- Ornatos Violeta  : Para nunca mais mentir
----- Rui Veloso        : Canção de alterne
----- M. Moura Guedes: Foram cardos foram prosas
----- Paulo de Carvalho: Depois do Adeus
----- Ban                     : Dias Atlânticos
----- Jafumega             : Latina América
----- David Fonseca    : Kiss me
----- GNR                   : hardcore
----- Clã                      : problema de expressão
----- Caetano Veloso   : Tieta
----- Djavan                 : Lilás
----- Marisa Monte       : Vilarejo
----- Marcelo D2          : Desabafo
----- Bebel Gilberto      : Aganju
----- Paula Morelembaumn: Tomara
----- Gal Costa             : Felicidade
----- Adriana Calcanhoto: carta
----- João Gilberto & Vinicios de Morais : samba de uma nota só

Aqui jaz um cara de bom gosto....

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Ansiedade

Não, não é o titulo daquela famosa musica com sotaque ianque do Nate King ( era mesmo o Rei dos Crooners) Cole, mas a minha ansiedade que me tem crescido nas ultimas semanas, é uma ansiedade crescente, lenta, mas firmada, no fato de ao fim de 5 meses em Portugal, estar a sentir-me "definhar" sem animo e precisando de calor, sol, e acima de tudo vontade de recomeçar nova aventura, novos desafios.
O meu País, é belo, e nem é a crise só q me motiva a sair, é já não me identificar com o modo de vida Luso atual, onde cada um por si, e um cinzentismo, acrescido de um pessimismo (agora racional e verdadeiro, face ao momento realmente dramático q o País atravessa).
Não quero sair, porque uns palhaços q nos governam aconselham a emigração, aliás nem sinto q vou sair, mas sim, ausentar-me de novo.
Bem tento organizar e resolver meus pendentes, que em Portugal são maioriatariamente judiciais, e já nem me consigo enervar pela eternizar de tais processos, que representariam, se concluidos e feita justiça ( neste País, já não acredito sinceramente na Sra. da balança, até porque mesmo q ganhe tais processos a toda a linha, já não se fará justiça depois de anos e anos de terriveis consequências) a minha estabilidade financeira, e possibilitariam concretizar meu projeto de restaurante lounge bar no Brasil, sem ter q recorrer a terceiros.
Já não me enervo, porque a palhaçada q é este país em termos de justiça ( hoje temos um País em q a Justiça é para quem tem dinheiro e pode eternizar processos, até q haja prescrições, ou possam ter tempo para deixar de ter bens e esquemas q acabam por inviabilizar ao fim de anos de gastos, que sequer recebamos o que é por direito nosso), é o País do faz de conta, faz de conta q existe justiça, quando no fim, sabemos dos resultados.
sabemos que um desgraçado q passe fome, assalte um supermercado, roubando um chocolate,pode ir parar á prisão pq não pagou uma coima, ou algo do género, enquanto uns quantos criminosos de colarinho branco, gamaram ao longo de anos, milhões do BPN (hj pagos por nós), esquemas com submarinos ultima geração q tanto precisavamos (!!!) estão hoje onde? por ai, esses garanto-vos, não emigram...este País afinal é um paraiso para muitos...
para onde vou as pessoas, podem não ser melhores, existe também corrupção, mas por muito q me custe, não foi lá que vivi mais de três décadas onde vi mais hipócrisia, falsidade e aparência, longe da vista, longe do coração se diz, tal se aplica aqui.
Se ao menos a purga e êxodo que está a acontecer em Portugal, nos limpasse dos sujos, proxenetas, deste País, mas acho q esses, infelizmente ficam, não fossem a maior parte deles, os principais benificiários desta politica segregacionista, classista, e ideológicamente calculada, para acabar com a classe média Portuguesa.
Lamento dizer, mas muitas vezes sinto q mesmo q fosse parar ao deserto do Saara sentir-me-ia menos isolado e sózinho q no meu País...triste pensamente esse...
Ansiedade de viver o q não posso viver aqui... ansiedad de tienerte en mis brazos, vociferando palabras de amor...ansiedad do q ainda não vivi...

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Contributo para a felicidade

Tenho receio de me considerarem um recorrente pessimista, pessoa cinzenta, e de apenas me lamuriar.
É verdade, que muitos dos meus posts, nos ultimos tempos, é sobre a minha desilusão para com os Portugueses, e é recorrente, uma critica ao estado de coisas, politica e comportamento social que há muito previa, nos iria trazer a um fado triste anunciado.

Mas não me sinto mal, por escrever muitas vezes sobre isso, porque como os Pais, que ralham e castigam os filhos, a maior parte das vezes apenas querem o seu bem, e como se diz, e concordo, apenas nos zangamos a sério, discutimos profundamente, com quem nos preocupamos e gostamos de alguma forma.
Tal comparação, aplica-se a este meu desagrado Luso que tanto me preocupa, não falo mal dos Portugueses, apenas com rancor, de quem acha q tem razões de queixa, mas de quem ama o seu País, mas não se sente bem com o ambiente, gostava de poder contribuir, para uma melhor sociedade e sentimento de pertença e orgulho em ser Português.

Infelizmente, ultimamente não tenho muitas razões para tal, e hoje quero falar sobre um exemplo que pode parecer de somenos importância, comparado com a dura realidade económica de injustiça social sobre a qual, já muito tenho escrito.
Hoje, no entanto queria versar mais sobre a nossa postura "cinzenta", e de nos levarmos demasiado a sério.Como é complexo explicar o que pretendo, falando dos comportamentos sociais, pela nossa postura hipócrita de acharmos que somos um país de brandos costumes, que somos todos uns "porreiros" e já não percebemos que já não somos o País, que há 15, 20 anos, atrás todos achavam dos mais hospitaleiros do mundo, que recebiam como ninguém turistas e emigrantes, que eramos um paraiso da segurança e paz, acho que não percebemos que já não somos esse País.
Que nos tornamos demasiado 1ª mundo, ainda q continuemos a ter uma justiça de 3º mundo, uma sociedade hipócrita que vive de aparências e que critica nos outros aquilo q ela faz por trás dos panos, sem se assumir.

Mas só melhoraremos se nos confrontarmos com nossos fantasmas, e meu contributo eventualmente insuficiente, e de grão de areia, é pelo menos exorcitar tais fantasmas, levando á reflexão se não podemos ser melhores, principalmente com nós próprios.

E como disse, a complexidade de explicar esta realidade de nos levarmos demasiado a sério, leva-me hoje a dar como exemplo algo menos importante, mas bem representativo, a nossa postura desportiva e de hipocrisia enquanto adeptos.
Sempre achei que o mundo do futebol, é muitas vezes representativo do espelho da sociedade e uma boa "parábola" da nossa sociedade.
E como sabem meus amigos e conhecidos, que meu passado recente, tem passado pelo País irmão Brasil, serve este exemplo de uma boa comparação.
Em Portugal, quando há um adepto que tenha uma postura mais "rude" de palavras agressivas ou de cantos insultuosos aos seus rivais, logo vêm os guardiões da moral e bons costumes, criticar e dizer, que assim, se incentiva a violência e que é feio insultar o árbitro e sua familia... pois, sabendo do contestado que serei, eu digo, bullshit, tretas, não concordo nada com isso.
Como em tudo na vida, há uma fronteira complicada entre o que é razoável e o que é "ultrapassar o risco", mas isso não pode ser justificação de uma sociedade de falsa moral que se choca com o que não deve, e não se choca com o que deve, senão vejamos:
Aqui entra o exemplo Brasileiro ( volto a insistir que não acho que ninguém seja melhor povo que outro, fdp's há em todo em lado, assim como boa gente), mas se há algo que admiro nos Brasileiros, é que não se levam demasiado a sério, quem vive lá, ou conhece a realidade do lado de lá do Atlântico, basta ir aos sites desporto e futebol, para ver a agressividade e insultos entre rivais e "xingamentos  como dizem" mas confesso que considero isso parte do folclore próprio do fenómeno, quem acredita que chamar filho da p... ao árbitro/juiz, é grave e instigativo de violência, não entende que há uma diferença entre o chavão e a intenção...ninguém quer mal á mãe do pobre juiz do apito, mas que é um cliché libertador da nossa condição de adeptos apaixonados, isso ninguém duvide, um clube quando ganha, canta "xingamentos" ao clube rival, isso é perigoso? q nada, perigoso, são os confrontos reais, as batalhas programadas entre claques, violência gratuita agendada na net, os impropérios futebolisticos na minha modesta opinião fazem parte do folclore, e podem até ser engraçados, basta ver os comentários nos sites brasileiros, para nos rirmos mais, do que em muitos programas de humor na tv.Mesmo quando somos adversários um comentario agressivo mas com humor e espirituoso, até nos fazem rir interiormente.
Em Portugal tudo é levado demasiado a sério, achamos sempre que é preciso o politicamente correto, mesmo quando sabemos que fazemos o contrário, somos capazes de criticar a Gabriela porque é demasiada ousada e promove a "safadeza"e promisquidade mas debaixo dos panos fazemos igual ou pior, em vez de nos preocuparmos com a fantástica e ainda atual critica social do seu autor... Jorge Amado...
Contra mim, falo porque acho que produto da minha educação Lusa, levo-me demasiado a sério.... ai maria jesus josé....eu quero lhe usar....vamo-nos usar todos....

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Ouvi dizer

O ser humano é um organismo complexo mas fascinante.A nossa capacidade de nos adaptarmos a realidades diversas e também elas complexas, é enorme, e constato que a minha experiência pessoal de emigrante, nos ultimos anos, me mostrou que nossos receios, medos e limitações podem sempre ser ultrapassados.
Sair do País e arriscar viver num local que nos é completamente estranho, que começamos do zero, não é facil, e a ideia de adoecermos, nos faltar a familia, de deixarmos de ter algumas rotinas, pessoas, e habitos lusos, a que nos agarrar, é limitativo na hora de comprar o bilhete de avião.
Há milhares de histórias, contextos que justificam saida de pessoas do seu País.
Crises, desilusões de amor, necessidade de fugir de algo, pura e simplesmente melhores condições de vida, há dezenas de motivações e não existem padrões que possam ser usados sempre que analisamos o porquê de nos tornarmos emigrante, detesto a palavra, não pela conotação "popularucha" da " Linda de Suza" e sua mala de cartão, hoje a realidade da emigração Portuguesa, é muito mais abrangente, daquela que nos anos 60 e 70 levaram muitos da geração dos nossos Pais a emigrar.
Detesto a palavra emigrante, (não emigrar) talvez porque não me sinto como tal, apenas sinto que sempre que saio do País, me liberto de prisões mentais, me liberto de complexos, que insconscientemente fui adquirindo ao longo da minha vida Lusa.
Não sou exemplo nem padrão de nada para ninguém, a vida foi-me limando asperamente a não contar com os outros, muito por culpa minha, que sempre segui o caminho da autodepêndencia, autosuficiência e devo ter aparentado a quem me rodeava que era uma rocha, um porto seguro, impenetrável, servindo mais vezes de abrigo, do que ser eu próprio a procurá-lo.
Dai, este meu desprendimento, que imagino a muitos, possa parecer desprezável de quem aparentemente não precisa de ninguém, ou facilmente se desprende de tudo á sua volta.
Explicar isto é muito complexo, e as minhas defesas, não mo permitem, por muito que queiramos usar a escrita como terapia e desabafo, há segredos que nem ás paredes confesso.
Apenas, tenho a convicção que a vida nos leva muitas vezes a caminhos, que não quisemos seguir, mas que de alguma forma o nosso comportamento, tortuosamente nos castigou conduzindo-nos a tais "destinos", mesmo que esses comportamentos nada tivessem de reprovável.
Sinto que a minha ousadia e dinâmica renovável perante algumas adversidades, se vai esfumando, ironia que chegue á meia idade, arriscando e ousando aquilo que não fiz na 1ª metade da vida, mas ao mesmo tempo, sinta, que perco irreverência, ousadia, fruto da cicatrização de feridas, que te vão dando a noção das nossas limitações, e da nossa pequenez perante as agruras da vida.
Já o disse, e repito, apenas tenho noção que estarei sempre a salvo e por isso, esta ousadia de meia idade, porque aprendi a dosear minhas expectativas e saber viver com as realidades sem me auto flagelar.
A vida é curta e eu tenho tanta coisa para fazer e como dizem os Ornatos Violeta, no seu épico - Ouvi dizer .... ouvi dizer q o mundo acaba amanhã e eu tinha tantos planos para depois....

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

F.C.Portugal

Parece estar na moda, usarem-se analogias futebolisticas, para caraterizar o estado atual social e económico da sociedade.O ultimo exemplo, foi Durão barroso, esse cliché de Português que funciona melhor quando emigra ( ainda q alguém com seus honorários, não represente o tipico emigrante) do que quando andava aqui a gerir nossos destinos.Perante jornalistas brasileiros e aproveitando a paixão brasuca pelo Futebol,o Presidente da Comissão Europeia, lá explicou que a Europa, sobreviveu á 1ª parte do jogo, sem nenhuma expulsão, e q precisa agora na segunda parte de marcar golos, para continuar na linha da frente.
Pois, bem, se é verdade que dependemos muito mais, do treinador e chefe da equipe europeia (uma tal de Angela Merkl) do que os nossos maus jogadores ( atual e anteriores governos), também é verdade que os jogadores têm sido grandes responsáveis do afundar do F.C.Portugal, jogadores que não têm noção que seu mau desempenho ao longo dos ultimos anos, têm afetado o povo particularmente ( adeptos q pagam suas quotas, bilhetes) e que perante uma terrivel crise, foram chamados a contribuir para o déficit do clube.
Irónicamente, os dirigentes do F.C.Portugal ( classe politica, sistema financeiro e grandes grupos empresariais) não estão a ser os principais "contribuidores" tendo sido os principais responsáveis por termos atingido este estado de coisas.
Na verdade, o que mais me transtorna, é estar num País bi partidário e Bi clubista ( Porto e Benfica por analogia ao PS e PSD) onde o poder apenas circula entre os dois ( q me perdoe o Sporting que de vez em quando chega ao poder via coligações ( vide CDS), onde a clubite é tanta, que os próprios adeptos que são explorados indecentemente, em vez de se concentrarem em quêm realmente os explora e quem contribuiu decisivamente para este estado de coisas, ainda passam a vida a dizer que a culpa é do Porto ou do Benfica conforme sejam laranjas ou rosas.
Mas quem de fato levou o F.C.Portugal a este estado de coisas, com crédito ilimitado cheio de facilidades para os sócios ( foi a banca e sistema financeiro) quem despesisticamente passou os ultimos anos a proteger o interesse privado de BPN's, Parcerias Publicó privadas, EDP monopolitista, Somagues e outras que tais, que seriam na analogia da bola, os empresários do mundo do futebol, foram a dupla ás vezes tripla dos 3 grandes da bola nacional.O engraçado nesta analogia futebolistica, é que ao contrário dos grandes clubes internacionais, no F.C.Portugal, os sócios sempre foram passivos, nunca reclamaram, aceitaram ordeiramente que lhes tivessem aumentado as quotas e preço dos bilhetes, para pagar as contratações milionárias que os dirigentes haviam feito junto com gastos faraónicos em estádios novos ( na analogia seriam as nossas auto estradas e infraestruturas q se tornaram obsoletas, pois, devido á crise, os sócios e simpatizantes já não vão aos estádios nem compram seus lugares anuais).
Como com pão e circo se enganam os tolos, já alguém dizia, irrita que neste F.C.Portugal os sócios e simpatizantes mesmo perante evidências, sofrimento, continuem a jogar o jogo dos dirigentes e jogadores que mesmo perdendo todos os fins semana, mesmo aumentando o déficit do clube, conseguem entreter o povo, com a clubite ( partidarite) aguda, que muitas vezes lhes tolhe o raciocinio.
Claro, a fome chegou, os sócios e simpatizantes sentiram na pele, que são os unicos que estão a pagar pela crise cuja sua responsabilidade é minima, e agora reclamam, ainda com timidos apupos e lenços brancos, talvez devessem aprender que não será assim, que conseguirão seus objetivos, e aprendam com o vizinho F.C.Espanha, que percebeu que só invadindo o campo e apertando os dirigentes e jogadores conseguirão levar sua ávante.
É que temo que os dirigentes e jogadores do F.C.Portugal troquem dois ou três jogadores um ou dois dirigentes, e voltem ao seu ADN, de perder jogos e passar fatura aos socios e simpatizantes, eles são muito mais em numero que os dirigentes e jogadores, são eles que no fundo pagam pela subsistência do clube, que paguem eles a crise, pensarão.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Acorda Portugal

Portugal é um País de brandos costumes, algo que concerteza já ouvimos.A nossa História, apesar de grandiosa, é cheia de demonstrações de "bananismo nacional"- Dom afonso Henriques, não criou o País numa luta sanguinária entre fações regionais, mas sim uma querela familiar com sua mamãe...D. Teresa, tendo após a batalha de são mamede, conseguido tomar a governação do Condado Portucalense e mais tarde, conseguiu reconhecer a formação de Portugal enquanto Nação.
A nossa história escreve-se de inúmeras situações de brandos costumes, e nem todos motivos de critica ou reprovação, aliás, quero desde já assumir, o meu Pacifismo, e tolerância, não sou adepto das mudanças, apenas á lei da bala, ou revoluções sangrentes e com as chamadas " baixas necessárias" mortes e violência é sempre de evitar, ainda que saibamos que as grandes mudanças do Mundo se fizeram quase sempre de forma sangrenta e violenta.
Portugal continua o seu registo de "brandos costumes" na epopeia das Descobertas, fazendo as nossas asneiras, tivemos um padrão de Colonização genéricamente "pacifica" com uma miscenização do qual me orgulho e cuja experiência Brasileira é bom exemplo, e que nessa questão especifica me orgulho e foi um bom legado ao Mundo.
Culminamos este flash back de milhares de anos de História com a "simbólica" Revolução dos Cravos" de 1974 uma das poucas revoluções que não tiveram mortes, onde as armas foram substituidas por uma flôr, lindo, mas poderiamos questionar se este nosso legado de memória, não nos foi "domesticando" ao longo dos tempos, tornando-nos Portugueses acomodados, e que como alguém terá dito, seremos uns potênciais "revoltados inofensivos".
Tudo isto a propósito da atual situação do País.
Desde logo, quero dizer, que não sou um comentarista a reboque da situação, e que me aproveito da geral insatisfação de algo que agora se torna facil criticar, basta verem artigos meus de há um ano atrás para perceberem que o que critiquei então, foram lamentavelmente  situações premonitórias no atual cenário politico e social do País.
Questionei logo, as primeiras atitudes suspeitas do atual governo, percebi logo indicios de neo liberalismo do pior, onde o ataque aos mais desfavorecidos e a proteção do grande capital era já obvia, a propósito, para todos os que acham que isto, mais não é que, um artigo ideológico e politico pro rosa, ou pró esquerda, dizer-vos o seguinte:
A minha vida, já foi demasiadamente áspera e feita de desilusões, também de indole ideologica, sou socialista sim, mas do socialismo que aprendi na escola, um socialismo que preconiza que o Homem merece ter igualdade de tratamento e oportunidades, algumas questões utópicas, mas prefiro o idealismo e ser criticado de sonhador, que de capitalista selvagem. Claro que rapidamente percebi que os nossos politicos são figuras que de ideólogos nada têm, mas sim, uma cambada de ex jovens das Jotas (juventudes quer social democratas quer socialistas) que nada fizeram nas vidas que jogarem desde miudos aos politicos, e aprenderam direitinho " os jogos de poder" e como ter cassetes gravadas dos politicos carreiristas.
Sinto vergonha de ter politicos cuja sensibilidade social, é uma encenação teatral de como parecer serio, e  responsavel mas cuja ação quando chegam ao poder, é o status quo das oligarquias do poder, que se lixem os trabalhadores e a classe média.Vivam as Sonaes, os Amorins, viva as PT's, Edp's as Brisas, Galp's porque sem estas empresas e seus patrões, não há emprego em Portugal sem elas, fazem serviço publico e altruisticamente, aliás  talvez por isto,explica q se queira "concessionar" a RTP, porque o grande capital sabe melhor que ninguém fazer serviço publico....tristeza esta meu povo.
Como quem tem lido meus artigos, sabe que estou totalmente desiludido com a maioria dos Portugueses (nos quais me incluo) há anos, e quero viver afastado do País nos próximos anos, tenho que ser inteletualmente honesto e assumir, que merecemos todos, o atual estado de coisas, e mais ainda quando vejo total passividade social perante tantas asneiras e incriveis injustiças sociais. Na Espanha, sem ajuda financeira pedida ao FMI, bastou haver suaves medidas de austeridade (comparadas ás Portuguesas), para os Espanhois terem vindo para a rua, e de forma violenta até.
Em Portugal, parece que teremos que estar todos de tanga ( uma grande percentagem já estamos) e passarmos fome e voltarmos aos anos oitenta, para que haja um levantamento social.
Os Portugueses estão pacificamente revoltados, e se achamos que somos "bons alunos" para a Troika, não percebemos q o sistema está feito para a usura e agiotas de alguns capitalistas que ganham com todo este circo, onde o palhaço mor, Alemanha, se esquece rapidamente que foi o 1º País, a incumprir com deficit's no pós união Europeia, e que se muito cresceu quase tudo o deve a União Europeia.

Sou Pacifista, mas apetece-me dizer, revoltem Tugas, se não acabaremos um Condado portucalense germanizado e um feudo dos neo capitalistas, que estão a fazer de Portugal um País a duas velocidades, os dos muitos ricos e os que são a nova " classe média baixa".... Quo vadis Portugal?

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O mar é azul e os peixes não

Nos dias que correm, a crise e necessidades do individuo em geral na nossa sociedade, obrigam ao que designamos de "passar graxa", como dizem nossos irmãos brasucas, ..." ser puxa saco" constantemente.
Segurar o emprego, agradar ao poderoso chefão ( não confundir com o titulo sui generis q os brasileiros deram ao Godfather - Poderoso Chefão), á pessoa, que nos pode tirar do sufoco, a alguém importante que acreditamos pode de alguma forma benificiar.
Nunca fui "puxa saco", nem "graxas", e tenho consciência que  na melhor das hipóteses isso, não me ajudou.
O pior do graxismo e puxa saquismo, é a hipocrisia de elogiarmos, agradarmos sem honestidade e genuidade, de parecermos uns sacripantas, e de soarmos a "lambe botas" talvez a expressão Portuguesa mais genuina das atrás mencionadas.
Nos dias que correm cada vez mais me fascinam e admiro pessoas que são genuinas, mesmo que ás vezes possam roçar o inconveniente ( convém não exagerar), pessoas capazes de não dizer banalidades, e serem diferentes, sim, porque infelizmente o normal hoje em dia, é sermos subservientes, submissos, e "capachos", anormal é haver alguém capaz de dizer o que pensa, mesmo que "politicamente incorreto".
Claro que como sempre a fronteira entre a coragem, a honestidade, frontalidade pode degenerar facilmente em crueldade, mau gosto e rispidez evitáveis, também conheço casos desses, mas simpatizo com o "politicamente incorreto" desde que doseado.

A ironia da vida, é que os puxa sacos, diriam perante estes argumentos,"... o que interessa é q eu ganho mais, consegui com meu puxa saquismo, ter um carro de luxo e aceder ao social light e jet set"...pois, mas isso é algo que tem a vêr com um sentimento que eu ainda valorizo -Honra... e isso ou se tem ou não se tem...
No fundo existem verdades "la palissianas"... que não deixam de ser genuinamente verdadeiras....o mar é azul e os peixes não ( oooops quase todos, pois devem haver alguns)...

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Avé Mundi

Conforme prometido, eis-me a escrever sobre religião, e as minhas crenças e fés.É um tema complicado, mas se pensar bem, não deveria aplicar á religião, os mesmos medos e cuidados, que referi ter com amor, minha vida intima pessoal e exposição social, porque escrever e falar sobre fé, e Deus deveria ser um prazer e até convicção pessoal, não de um fundamentalista religioso, nem de alguém que quer impingir as suas crenças aos outros de forma quase sufocante.Nada tenho contra evangélicos, testemunhas de jeová, as diversas igrejas que proliferam e até diferentes crenças religiosas, no fundo apesar de uma educação católica convicta, meus Pais, sempre me permitiram ter liberdade de ação, por isso, deixei de ser um católico praticante e serei hoje um cristão apenas convicto.
No fundo, a vida foi-me ensinando que a religião tem muitos perigos, e talvez o maior seja o da imposição fanática e um certo fundamentalismo em poucas pessoas perceberem que deveria haver um traço comum a milhões de pessoas em todo o mundo, que em vez de as unir, muitas vezes as separa - refiro-me a uma maioria da população mundial acreditar num Deus, numa força superior, que dá sentido á vida, força essa superior, não apenas por poderes divinos, mas por uma transcendência superior ao nossa vida mundana.
Será mais facil perceber estas minhas divagações divinas, se pensarmos o seguinte:
Seriamos nós católicos, muçulmanos, ou todas as derivações religiosas existentes no mundo, se tivessemos nascido em diferentes contextos educativos religiosos?
isto é, tivesse eu nascido na Arábia saudita, seria eu um cristão? obviamente, casos há de pessoas, nascidas num ambiente religioso, que posteriormente derivaram em outras crenças religiosas, mas são casos raros, e com contextos muito particulares.
No entanto, sabemos que na maioria das crenças, a existência de um Deus superior, é um traço comum, que deveria dar uma compreensão e entendimentos ecuménicos que ao longo da História não aconteceram.
Aqui, esta minha explicação, necessita obrigatóriamente de uma ressalva fundamental, esse traço comum que poderia ser base de entendimento e harmonia ( a ideia de um Deus como força superior, criadora) teria que ter um elemento que nem sempre existe nesta maioritária comunidade crente numa divindade superior - a da bondade divinda, de um Deus justo, com ideais e filosofias amigas do ser humano.
Na verdade, não acredito que a minha "salvação" seja por ser católico, ou ortodoxo, islamita ou qualquer opção religiosa.Um Deus "bom" não impediria vida além da morte e sua "recompensa" por uma escolha de etiqueta religiosa, mas sim, pela vivência de principios e da nossa contribuição para um mundo melhor.
Por isso, mais que sermos católicos, ou islãmicos, é a nossa indole e vivência como seres humanos que nos dão algo que nem todos queremos, a tão complexa ideia da vida após morte fisica, a dicotomia céu /inferno.
Tenho refletido muito sobre a minha conduta,, não estivesse eu a entrar na meia idade, e pudesse fazer um retrospetiva sobre as minhas primeiras 4 décadas de existência ( uiiii acabei de me sentir pela 1ª vez um género de papiro egipcio da era Ramsés, caramba o tempo passa vertiginosamente, e eu preciso de o fazer parar não cronológicamente, mas no meu interior, para que possa reequacionar minha existência).
Tenho memórias de uma muito maior partilha com DEUS, aquando da minha infância até minha adolescência, acho irónico que possa acontecer algo que não sei, se é comum a muita gente, e suspeito ir acontecer comigo, divagarmos na vida e acabarmos numa terceira idade de reencontro divino e de maior dedicação religiosa.
Uiiiii mais uma vez soou-me tão mal...a minha esperança é que pelo menos não seja um reencontro como muitas vezes vejo a pessoas idosas, de reaproximação com Deus, mas por aproximação do fim de vida, e de meras rezas ritualizadas, e do que comumente chamo de catolicismo praticante sem alma...ir á missa, não nos torna melhores.Mas a experiência e a vida pode pelo menos dar-nos ensinamentos, para que possamos encontrar-nos connosco próprios, eu confesso ainda tenho um grande trabalho pela frente.
Vejamos, honestamente considero-me um tipo de boa indole, nunca fiz mal grave a ninguém, meus pecados são o q poderia designar de essencialmente egocêntricos, e de menor dimensão comparado com o que vejo por ai.
Pois, mas essa é a minha maior inquietação, eu tenho consciência que não é o fato de não fazer mal aos outros e de ser um "bacano" não me faz o ser humano, com um legado que me orgulharei.Até agora, a minha postura é muito a de... não se metam comigo que eu não me meto com ninguém, a de querer viver essencialmente á minha maneira, e muitas vezes ter a atitude...que se lixe o mundo.
Esse será o meu desafio no que resta da minha vida, preocupar-me mais com o outro, contribuir mais para o mundo que vivo, isso fará de mim, melhor ser humano, não é facil, quando ás vezes sentimos que o mundo também nunca nos ajudou e que antes de podermos ajudar quem nos rodeia, precisamos de nos ajudar a nós primeiro.
Escrever é mais facil que praticar, como ter uma religião não é nada, se não houver uma prática correspondente...simples dixit ...

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Crazy litle thing called love

Há dois temas que ainda não versei nas dezenas de artigos que já escrevi.
Começei a questionar-me porquê, se considero duas das coisas mais importantes da minha vida, porque  razão ainda não escrevi sobre o AMOR e Religião?

Bem, se já nos assuntos da minha vida profissional e social, tenho cuidado em não me expôr demais, imaginem sobre as mais profundas convicções do meu ser...
Respeito sempre a postura de todas as pessoas, sobre como resolvem expôr-se mais ou menos, acho que cada um sabe da sua vida, podemos é depois ser analisados e criticados, mas viver é isso mesmo arriscar e expôrmo-nos um pouco, se tenho fronteiras, não é por medo, do que acham os outros, mas porque de formação sou dos que acredito que a dôr (morte de alguém, a familia, a religião, o amor, são tão pessoais, que 1º se devem digerir e quando lidarmos bem com elas, á posteriori, muito bem, podemos partilhá-las).
No entanto, não lido bem com a ideia de vir partilhar com 500 "conhecidos" no facebook, ou até em grupos mais ou menos conhecidos, num café, dos meus sentimentos mais profundos, ás vezes até com os mais chegados é dificil, imaginem numa rede social.
Mas isso quer dizer, que eu tenho temas TABU ? Não, apenas vou partilhar ideias e sentimentos mais conceptuais,  do que partilha de experiencias concretas e de pessoas individualizadas, isso acho de mau gosto e pior contexto.

1º Artigo, será pois sobre o AMOR, esse bicho complicado e que por alguma razão o poeta tão bem descrevia ... "amor é fogo que arde sem se vêr"....
Na verdade, eu sou muito liberal e democrático no que a este complexo conceito diz respeito.
Não sou desencantado, mas também não sou idealista e romântico.
Desde logo, nesta etapa da minha vida, já tenho alguma legitimidade dada pela experiência, para assumir, que não acredito na ideia, de amor enquanto conceito ocasional ou da sorte de encontrarmos alguém que nos dará o clike, que faz sem explicação sentirmos um sentimento unico e que acontece uma vez na vida.
Atenção, esta minha opinião, é pessoal, fruto de experiências, não vendo tratados e regras generalizadas a todos, cada um acredite no que quiser, apenas acho interessante partilhar sentimentos, ideias, e perceber se estamos isolados na partilha dessas ideias e convicções.

Eu acredito que somos capazes de nos "apaixonarmos" várias vezes, não pelo divino Espirito Santo que desce sobre um casal e os bafeja com o dom do sentimento do AMOR, mas porque nos expomos e permitimos por um conjunto de condições, a acreditarmos e incorporarmos um sentimento que acaba por se tornar verdadeiro.porque acredito que inicialmente nunca o é.
isto é, eu nunca acredito naqueles que me vêm com a história da carochinha, que um lindo dia, numa esplanada qualquer depararam-se com alguém e quando os olhares dos dois se cruzaram, logo ali, perceberam que aquele era o amor da vida deles.
Que patacoada, podemos ter posturas e formas diferentes de sentir, mas não há poções mágicas, ou notamos em alguém porque nos atrai fisicamente, ou têm uma postura, discurso, um magnetismo, que nos impele a aproximar-nos.
O amor, é como a felicidade, para mim, um estado de espirito momentaneo, aquilo que me leva a achar que estou apaixonado, é algo verdadeiro na hora, mas talvez ilusório ao fim de uns anos, em função da evolução da relação.
La Palissiano dirão, as relações são feitas de momentos, e por alguma razão, as pessoas aproximam-se e separam-se, logo, têm estado de espirito diferentes em função do grau de envolvimento.
Bem, mas ai, o tempo, é o melhor barómetro para aquilatarmos da genuinidade do sentimento de ter havido ou não amor.
Concordo, ai, sim, se me disserem ao fim de uns anos, com mais relacionamentos, e com uma convicção que eu ainda não tive, ok, eu aceitarei que um de vocês me diga, eu amei alguem.
Amar, é algo muito complexo e abrangente, eu também posso afirmar que amei alguém durante uma relação, e não ser verdade, há multiplas questões que nos levam a acreditar legitimamente naquele sentimento ( e naquele contexto termos a nitida convicção de que amamos) mas apenas o tempo e termos de comparação, me levam a poder assumir se realmente amei.
Não quero parecer um ateu ou agnóstico no que ao amor, diz respeito como tal, quero desde já assumir que perante pessoas, que me dizem Alexandre, eu realmente sei que amo, porque tenho uma convicção profunda, ai, eu digo, ok, acredito, mas como São Tomé, eu preciso de sentir ( Vêr) para Crêr e como até agora não senti, não creio.
No fundo acredito mais, no amor, que se desenvolve, podemos escolher alguém e essa pessoa tb nos escolher, e com a convivência e desenvolvimento da relação deixarmo-nos envolver e realmente evoluir numa relação de amor genuino, mas trabalhado pela vivência e afeição.
Haverá outras formas de amor? concerteza, mas ai, são derivações, paixões assolapadas, a geração dos nossos Pais, foi formatada a casar quase por imposição social ou por necessidade de autonomia precoce face a depedência familiar, muitos destes casamentos e relações nasceram de relações que no inicio de amor nada tinha, mas que o tempo, a vivência e a cumplicidade, tornaram quiça em amor á sua maneira verdadeiro.... respeito.
E que dizer, do amor, fulminante dos casais, "á la Luciana /Djaló" ( desculpem a individualização mas quando me lembrei achei bom exemplo) cujas juras de amor verdadeiro e genuino contra tudo e contra todos, rapidamente virou e é hoje eventualmente renegado e explicado como algo que não era amor?
A vida é complexa os sentimentos ainda mais, ás vezes vivemos dezenas de anos, com a convicção de que somos algo e de repente, descobrimos que estavamos enganados, isto resulta apenas numa ideia, vivamos intensamente enquanto dura, com a convicção apenas de que naquela altura o que nos parece verdadeiro e genuino, poderá rapidamente mudar para uma ilusão quando olhamos para trás de forma distante e fria.
Eu não acredito no conceito da nossa "cara metade" mas se vc acredita, otimo, viva intensamente enquanto dura, seja honesto consigo enquanto estiver sob o "feitiço" daquela coisa louca chamada Amor....

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Copo vazio ou meio cheio

Tenho pânico e receio de parecer um "chorão", isto , em função das agruras da vida e de ter propensão a "desabafar e exprimir-me" sobre desilusões, ansiedades e injustiças mundanas, é facil, ter a sensação que tenho tendência em ser miserabilista e recorrer ao lado "obscuro" da vida, e na verdade, amo a vida, amo as relações entre pessoas, as culturas e pensamentos diferentes.
É por ter este receio, que muitas vezes nem exprimo em toda a dimensão meus pensamentos e desabafos sobre o que penso verdadeiramente do mundo em que vivo, e reflexões pessoais sobre "o meu mundo", por isso, hoje quero debruçar-me sobre a teoria do "copo meio vazio ou meio cheio".
A vida ensinou-me que existem sempre dois ( ou mais lados) de todas as situações.
A minha verdade não é a tua, a minha perspetiva é sempre desfocada da realidade dos outros.
Por isso, sem querer fazer disto um manual sobre regras para bem viver, há pelo menos um denominador comum que encontro na minha experiência de vida, que acho poder ser extensivel a todos em geral.

Controlar expectativas-
Sim, eu hoje tenho a noção que passei por tantas dificuldades, e agruras, que seriam suficientes para derrubar muito ser humano.Não quer dizer que tenha superado tudo, e que seja hoje feliz ( acho a felicidade um estado de alma temporário e momentâneo) mas vivo com pouco se necessário, porque a vida me ensinou a controlar as minhas expetativas.
Isso, é algo muito pessoal, e obviamente, não acho que as carateristicas de cada um sejam iguais, e possiveis de copiar, mas o denominador comum existe, quando as pessoas conseguem baixar, ou aumentar as suas expetativas em função da sua situação, podem sobreviver aos "choques e traumas" da vida.
Quando estamos habituados a caviar mas conseguimos comer sardinha, estamos no bom caminho para sermos capazes de sobreviver e viver bem connosco, sem fazermos de situações complicadas um drama.
Há anos, atrás seria dificil imaginar-me viver 2 ou mais meses, num hostel tendo que compartilhar dormida com mais pessoas, hoje seria capaz de o fazer sem qualquer problema, é apenas um exemplo banal de algo, que nem é significativo em termos de esforço, mas que serve de exemplo para percebermos, que tudo na vida é uma questão de perspetiva, só assim, compreenderemos o homem sem braços, sem pernas, de sorriso aberto e a sorver da vida o que ela lhe pode disponibilizar, enquanto, vemos milionários em depressão, porque não conseguiu fechar negócio de milhões.
Só assim, entenderiamos porque os povos nórdicos, tem um indice de suicidios elevadissimo, quando são dos povos do mundo com melhor condições materiais de vida, com mercedes á porta, apartamentos de luxo e mulheres lindissimas,mas desesperadamente vazios e sem motivação de viver.
Enquanto não entendemos algures nos confins do mundo em situações de precaridade abomináveis, pessoas sem nada, passarem 16h por dia a sorrirem e aparentemente felizes,e apenas 16h  porque nas restantes 8h dormem.
Eu acredito que isto, por muita análises socio culturais, que se façam, se resume ao dominio das nossas expetativas, se elas forem altas e não as soubermos baixar, um simples mau negócio, poderá ser o fim do mundo, se soubermos controlar e relativizar as coisas más, poderão ser a janela que se abre depois de uma porta se fechar.
É por todas estas conjeturas, que existe a democracia de escolha e opinativa que faz com que eu respeite, e admita o cenário de esperança para o nosso País, que tem tanta coisa fantástica e que nem temos noção quão boas são (apenas quando sairmos do país e virmos a realidade dos outros, relativizaremos o cenário de fato negro, que atualmente vive Portugal).
Mas não basta, termos uma paisagem unica, uma gastronomia fabulosa, infraestruturas otimas, precisamos de pessoas menos hipócritas e pessoas reais, não uma população cada vez mais"faz de conta" que aperenta o que não é, que se preocupa com o que não deve, que dá prioridade ao que não importa, usemos a crise, para nos transformarmos, aproveitemos as dificuldades para nos tornarmos mais humildes e um povo que não precisa ser modelo, nem exemplo para ninguém, apenas verdadeiros, Portugal foi, e poderá ser de novo uma nação unica e com papel unico no Mundo, Navegar é preciso....
No fundo aprendamos a controlar as nossas expetativas, elas não precisam ser a de sermos de novo os nossos antepassados Grandes descobridores, apenas redescobrir-nos a nós próprios.

sábado, 4 de agosto de 2012

Fim da idade da inocência (2º capitulo de uma crise anunciada)

A nossa dificuldade em nos vermos fora do nosso "eu", sempre é a parte mais complicada da nossa auto-análise, no entanto, arrisco a assumir, que sou de base um ingénuo, um provinciano, que aprendi com a vida a ser mais cauteloso, defensivo e mais realista.Longe vão os tempos da adolescência em que acreditava que o ser humano é por natureza bom ( a célebre dicotomia Thomas Hobbes vs Maquiavél) , na verdade, na prática ainda hoje acredito, pois, apesar das minhas defesas e experiências me terem "endurecido", a verdade é q na prática, mantenho-me um "crente".
No fundo, a experiência diz-me que há coisas de base, que podem ser trabalhadas, mas não "arrancadas" ao nosso ADN.Tenho a nitida sensação que fui mudando a minha postura de "idealista e naif" a partir da minha chegada ao Porto e Universidade.
Eu achava que estava a chegar á 1ª divisão da idade maior, da superioridade moral, Universidade como local de formação e pessoas, cujo estatuto seriam intocáveis, pois, Professores e Admnistradores de uma Universidade não são empresários de fábricas de sapatos, nem vendedores da banha da cobra.
Triste ingenuidade a minha, bastaram poucos meses, para perceber que essa ideia, nada mais era que um "monte de areia derrubado ao 1º encontro com o vento" realidade de uma natureza que não se compadece com idealismos, mas sim, com a realidade de uma sociedade que na sua pirâmide já revelava, sinais, de uma crise anunciada. Desde cedo chegado á Universidade, resolvi envolver-me na vida Académica e dirigismo associativo, rápidamente me apercebi que havia um status quo intocável- desde postos de destaque na estrutura da Instituição ganhos, não pelo mérito das classificações académicas e dinâmicas de trabalho, mas pelos compadrios e relações familiares e de caciquismo, até ás relações duvidosas entre o poder politico, e a nomeação de diretores de departamento e docências de figuras ligadas ao cenário politico, e irónicamente, só agora alvos da incredubililidade de uma opinião publica, que não percebe, que há anos existem estas relações promiscuas entre o poder politico e o mundo das Universidades.Isto, para não falar das relações intimas, eticamente reprovaveis entre Professores e alunos que ainda o são, sobre esta questão, quero salientar que nada tenho de puritano, acho que não há mal, em relacionamentos entre professores e alunos, desde que um dos dois já não tenha esse estatuto há altura, isto, é, enquanto alguem avalia outro , torna-se obviamente perigoso manterem relação, a qual lançará sempre suspeição na avaliação.
Falo do Universo Académico com mágoa, aquilo que sou devo-o muito á Universidade, ao dirigismo associativo que me formou e me estruturou na minha vida profissional, mas falo separando mais uma vez a instituição das pessoas, eu nunca renegarei o meu amor, á instituição que me formou, mas tenho hoje uma profunda mágoa, pela maior parte das pessoas, que a certa altura tiveram responsabilidades na gestão e administração da Instituição, as quais, não satisfeitas pelo protagonismo e recompensas pecuniárias que da Instituição beneficiaram, não só não me respeitaram como alguém que muito dei á Instituição como não respeitaram a entidade que durante anos, representei e tudo dei como Presidente.Não vou sequer descrever as atitudes em particular, que levaram ao extremo de ter que ter accionado judicialmente a Instituição, pois essas serão julgadas em tribunal, mas são mais um exemplo da minha desilusão perante uma parte importantissima da minha vida, a vida Académica, a qual foi tão rica, e acabou manchada, por pessoas, que nem sempre sabem estar á altura dos lugares que ocupam em Instituições de Ensino, que mais parecem empresas familiares, em que só cabem primos, tios e irmãos...Quo vadis Portugal?

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Desilusão esperançada

No meu recomeço destes artigos, prometi que ia escrever sobre minha experiência nos ultimos 6 meses, a minha segunda ida para o Rio de Janeiro.Referi também que escrever sobre a minha vida pessoal, é perigoso, pois, sou dos que acha que exposição demasiada sempre trazem más interpretações e efeitos nefastos.
De qualquer forma, decidi, que é importante para mim, partilhar e refletir sobre minha experiência, tendo até efeitos terapeuticos pessoais, limitarei é a descrição de nomes e procurarei mais as generalizações do que as particularizações.
Os que me são mais próximos sabem, que há anos, queria sair de Portugal, ainda não se falava em crise, e já me sentia limitado e frustrado com o ambiente do País.Aliás, fiz vários comentários, em que separava o País ( que amo profundamente, junto com minha cidade do Porto) dos Portugueses, os quais, me parecem perdidos nas suas obcessões materialistas e do sucesso a todo o custo.Obviamente, que quando falo em "Portugueses" falo das pessoas, com quem lidei, tenho a certeza que existem muitos Portugueses de boa indole e excelentes pessoas, mas o ser humano, fala e sente de quem convive e se relaciona, e como dizem os "irmãos" Brasileiros, eu tenho "dedo podre" para escolher mal pessoas.
Na verdade, a minha vontade é de esquecer alguns traumas profissionais, de sociedades que ainda hoje me trazem problemas e más experiências, e de um estilo de vida, que não me motivava em Portugal.Somos um País com tudo que seria preciso para se viver bem ( natureza lindissima, infraestruturas optimas, alguma tranquilidade e segurança cada vez mais raras) mas falta-nos o que para mim, ainda é fundamental; interação entre pessoas, relacionamentos, divertimento puro e não interesseiro, no fundo uma qualidade de vida, que é algo pessoal, e no meu conceito, eu há muito não tenho essa qualidade de vida no meu País.
Refira-se que não acho, nem nunca tive tal presunção, que as pessoas de outro País, sejam melhores, ou que as minhas desilusões com pessoas, não existirão no Brasil ( pessoas de má indole existem em todos os lados), apenas constato, mesmo depois de mais de um ano de vivência no Rio de Janeiro, que existem prioridades de vida, e predisposição aos relacionamentos pessoais, com que me identifico na cidade maravilhosa.
Posto, isto, qual o balanço que faço de um ano de vivência no Rio de Janeiro?
Mesmo tendo noção de que ... a relva do vizinho parece sempre mais verde q a minha... reconheço que Portugal é um País unico com otimas condições, se fosse na comparação de condições e infraestuturas, concerteza, que a opção seria continuar em Portugal, mas a vida não é feita de ter boa habitação, boas estradas, boa comida, bons transportes, é feita de interação com quem nos rodeia, é feita de experiências e partilhas, é feita de emoções, e ai, por muito que me custe dizê-lo Portugal é um tédio, e um marasmo de emoções, um país mergulhado numa crise, que antes de ser económica é uma crise de indefinições, de falta de rumo, e acima de tudo, uma crise há muito anunciada, pelas escolhas de prioridades que há anos, escolhemos ( sim, também me incluo) - prioridades pelo materialismo e sucesso profissional a todo o custo, pela falta de cumplicidade e companheirismo nas relações de confiança e lealdade.
Encontrei no Rio de Janeiro, uma cidade e um país, ainda profundamente desiquilibrado, anarquico e corrupto...nada de novo, e teóricamente apenas desvantagens, mas por incrivel que pareça, eu preciso de uma certa anarquia, estou farto de uma civilidade hipócrita, de cenários certinhos, eu preciso de emoções, preciso de pessoas verdadeiras, preciso de viver de novo, e acredito que isso existe no Rio, ainda que esteja preparado para uma cidade de 8 ou 80, onde a fronteira entre o céu e o inferno é curta.
Irónicamente, a experiência deste ano de vivência, já me trouxe também algumas desilusões profissionais, mas também irónicamente, foram de novo Portugueses, a estar no centro de tais frustrações, estas queixas, são também antes demais, um reconhecimento que somos sempre parcialmente culpados desta fatal atração pelas más parcerias e temos que olhar ás nossas escolhas e "modus operandi" para perceber, que temos nossa quota de culpa, em todos esses processos traumáticos, ainda que no fim, ache que tenho consciência, que apenas sou culpado de dar condições que permitem aos outros usar e abusar de uma confiança que deveria estar acautelada por escrito e com salvaguardas.
Resumindo, sou facil de queda mas bom de me levantar, por muito que o cenário esteja complicado, irei até ao fim, na minha convicção de que mereço viver como quero, e me sinto melhor, felicidade é um estado momentâneo mas quero ter mais momentos de felicidade momentânea, até lá, é disfrutar da familia e deste País lindo mas com a sua alma vendida...
Quero voltar a correr no calçadão, beber água de coco, e tomar açai, ver bum bun's e sair na Lapa, ser mais um, no meio de milhões...até breve Rio

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Marcelo D2 - Desabafo

Eis-me passados mais de 6 meses, regressar a este meu espaço de dissertação e partilha de ideias, sentimentos e ambiguidades.Como havia referido há dias num post do meu mural do Facebook, há semanas que pretendia voltar á escrita e partilhar um género de flash back dos meus ultimos 6 meses, vividos no Rio de Janeiro, local onde pretendo voltar antes do fim do ano, para passar meu periodo de quarentão, pelo menos.Mas não é facil, esta coisa de transpôr através de redes sociais, a nossa vida, tal assunto é deveras interessante e retornarei a este num futuro post ... dissertando sobre até que ponto devemos ou não usar as redes sociais, como um género de desabafo das nossas vicissitudes de vida expondo-nos de uma forma, que nem sempre medimos consequências.Bem, minha reflexão levou-me a achar que tem mais lógica fazer estas incursões pessoais através do blogue, pois assim, só irá ler e acessar a uma parte privada da minha vida, quem pelo menos se der ao trabalho de aceder ao blogue, e sinto-me menos sensacionalista, do que partilhar num facebook com "500 amigos" pensamentos e desabafos pessoais, que muita gente do face, não iria entender, e poderia ser mal interpretado ( poderei sempre,ser), sendo que,confesso que pior que a solidão fisica é a solidão de partilha de vida e pensamentos, eu tenho essa necessidade premente de partilhar, desabafar...a propósito de desabafar, acho que ás vezes a musica simplifica a nossa dificuldade em explicar coisas, pela facilidade de entendermos um simples refrão e com ele nos identificarmos, é disso exemplo...
 a letra de um excelente musico brasileiro da atualidade - Marcelo D2 que diz numa das minhas musicas preferidas a certo ponto.... deixa, deixa, deixa eu dizer o q penso dessa vida,preciso demais desabafar....
Pois, é caros parceiros de leitura, é o que farei com alguma frequência com aqueles (poucos, sei, mas bons) que me derem a honra de partilharem comigo as minhas necessidades quase confessionais, nos meus próximos artigos e post's.