quinta-feira, 21 de julho de 2011

Fado fatal?

Somos Portugueses com muito orgulho, sempre gostei de estudar História de Portugal, essencialmente porque apesar de erros no passado( quem os não fez?), sempre tivemos um História com mais glórias, que vergonhas, com mais contributos ao mundo, que maus exemplos.No entanto, há um cliché associado a Portugal que nos persegue, e que convinha renová-lo e não perpetuá-lo - o fado, triste fado diga-se que mais que um género de musica, é um estado de alma, que nem sempre o foi na nossa História, mas que recorrentemente nos volta a ensombrar qual fantasma do passado.Poucas coisas na vida têm apenas lado mau, e até este estado de alma, tem algo de nobre e de uma beleza serena e nostálgica- a nossa veia literária e poética é disso exemplo( tivemos e continuamos a ter os melhores escritores do Mundo), e a tristeza e sofrimento são essenciais para nos expressarmos de forma elevada.
No entanto,falta-nos cada vez mais a nossa autoestima,temos um pessimismo latente que de tempos, a tempos, parece ir desaparecer, logo retorna, mas cada vez mais acho, não sermos capazes de nos reeinventarmos e criarmos uma nova alma Lusa, que independente ao sofrimento e tristeza, sejamos capazes de melhor elevar o essencial da vida- amar a própria, e viver felizes.
Irónico que tenhamos dado Mundos ao Mundo, mas não tenhamos assimilado o melhor desses Mundos que demos- que melhor exemplo que não o nosso Brasil irmão- No Brasil a expressão crise, não é estranha e foi tão familiar como o ar que respiramos.No entanto este povo sofrido também, teve e tem também, uma forma suprema de expressão musical que tão bem representou esse estado de espirito, de forma tão bela, que ainda hoje, a considero a mais linda forma de expressão musical de todos os tempos - a bossa nova, hoje por hoje, também reeinventada na bossa new wave, assim como o novo fado.
A diferença é a forma como encaramos a vida, mesmo nos momentos de dificuldade e tristeza, os nossos irmãos Brasileiros, não terão concerteza, menos traumas, motivos e justificações históricas para o "fatal fado" mas optou sempre pelo samba alegre, e uma forma saudável de viver a vida, mesmo quando ela, não nos dá motivos para sorrir.Nos tempos que correm, ligo a tv de manhã, á tarde, e á noite e percebo, o porquê do nosso triste fado, sendo tudo verdade, preferimos a reportagem do idoso, que vive com 300€ de reforma q tem q pagar renda, remédios e não tem já q comer, a dificuldade crescente dos jovens q não têm emprego e pior que isso, perspectivas de futuro, a corrupção nas elites no sistema financeiro que dá exemplo de como a sociedade é injusta e quem paga a factura são sempre os mesmos, no entanto, tudo isto são elementos familiares á sociedade Brasileira ao longo das ultimas décadas, e nem por isso deixaram de viver bem a vida, e acima de tudo estar bem consigo proprios, o Português, nunca encontrou esse estado de alma, e talvez por isso, mesmo quando está melhor do que realmente pensa ( é o nosso actual caso, porque apesar de haver crise, estamos muito melhor do q estávamos há 30 anos atrás)  lá vem o fado fatal, essa musicalidade que parece nos obrigar a sofrer para melhor nos expressarmos...até quando Portugal assimilas o que de melhor demos ao Mundo? amai-vos uns aos outros, vivão a vida e sejam felizes....

sábado, 16 de julho de 2011

Nem oito nem oitenta, quarenta

Os ditados populares nem sempre se aplicam, e um dos que desde crianças ouvimos,é q os Portugueses são capazes do oito ou do oitenta, se em alguns casos se aplica, no actual estado de crise e movimentos sociais, ficamo-nos pelo quarenta, nem oito nem oitenta.
Isto a propósito de uma discussão interessante que tenho analisado na Mídia e analistas cá do burgo.
Portugal passará o cenário de convulsões sociais da Grécia? haverá violência em Portugal, a propósito das medidas de austeridade inevitáveis?Diz-nos a História que os Portugueses são bons em momentos maus...( simbólico, e irónico, mas verdadeiro), como devemos olhar para esta postura Lusa?
Eu acho que tem vertentes positivas, mas uma essência terrivel e como diriam os irmãos brasileiros - postura de bananas... passo a explicar:
Portugal de facto ainda é um povo de brandos costumes, e perante um cenário de austeridade séria e agoniante, tem um povo nestas alturas obediente e estóico no "aguentar" dos sacrificios, perante a inevitabilidade de contenção, e regressão nos seus beneficios e aumento dos sacrificios, naquilo q designamos de designio nacional em prol do futuro do País, esta caracteristica é a luz ao fundo do tunel para os nossos governos que nessas alturas, conseguem com mais facilidade, passarem politicas que em outras alturas seriam bem mais complicadas de serem aceites, somos um pouco como aquele adolescente que gastou em dois dias a mesada principesca dos Pais, para o mês inteiro, mas aguenta o resto do mês a pão e água, mesmo q mais de metade da mesada tenha sido gasta pelo irmão ( cuja analogia seria aqui representada pelo sistema financeiro e aparelho do estado), e aqui, é que vêm os aspectos negativos e de "bananice Portuguesa", é que acho muito nobre e de grande valia, o espirito de sacrificio perante a inevitabilidade de cumprirmos com as nossas responsabilidades e compromissos e não sermos "caloteiros".
Mas a questão é, independente de sermos todos responsáveis, há alguns bem mais responsáveis que outros.
E o problema é q quem está e vai pagar essas responsabilidades, não são os mais responsáveis, e a tão propalada equidade e justiça social, está bem longe de ser posta em prática.Impostos sobre o trabalho, rendimentos, mas deixar de fora impostos sobre o capital e sobre quem mais especula, quem esteve na origem desta crise mundial, é mais q injusto é terrorismo social, se critico os Gregos pela sua fuga para a frente, entendo-os e admiro-os pela bravura de quererem que não sejam sempre os mesmos a pagar o "pato" Mas as ironias e ambivalências desta situação são inumeras e o meio termo, que é tantas vezes o cenário ideal em tantas coisas na vida, neste caso, é na minha opinião, sinal de fraqueza de consciência social, quando vejo os comentários resignados das pessoas, dizendo, "olhe há que aguentar e fazer sacrificio pelo País"... eu não me revejo num País, que não tem consciência social, e não percebe, que apesar de ser nobre fazermos sacrificios pelo País, devemos fazê-los de forma equilibrada e para além de justa e equitativa, com memória e maior responsabilização daqueles que mais contribuiram para aqui termos chegado, concerteza que o ti João, q trabalha na construção civil há mais de 30 anos, ganha 600€ mensais paga os seus impostos, não recorreu a créditos e sempre geriu a sua vida, consciente das suas limitações, não tem a mesma responsabilidade, que o "Filipe Castelo Branco" que é stock holder e ganhou milhares na bolsa, comprou vivenda em cascais de milhões, a crédito, tem empresas de concessão de crédito, tipo Credibom e Compª e não vai ver os seus rendimentos e lucros sobre o capital taxados e ainda diz orgulhosamente " eu faço parte dos 10% dos trabalhadores que vão pagar a crise, quando pagarei 1000€ de imposto extraordinário ( mas ganha 5.000, fora as mais valias com acções e Compª)´, enquanto o Ti João de facto pagará "apenas 200€", pergunto a quem fará mais falta o imposto pago?
Inveja tenho é dos Islandeses que perante a factura de milhões a pagar pelos erros  e asneiras da banca nacional e credores bancários Ingleses e Alemães, fizeram o famoso manguito á ideia Portuguesa de todos pagarem a divida de forma "equitativa e irmã".
Que orgulho q num clima de ratings de lixo, de crise galopante, a Banca Portuguesa tenha mostrado que passou nos testes de stress, e mantenham records de lucros nos seus exercicios em anos de crise...porque será? Por isso é com um sentimento de ambiguidade que vejo o nosso Povo a sacrificar-se pacificamente e até mesmo a ser empreendedor e valente numa época tão dificil, mas sem ter consciência social da falta de justiça social na repartição dos sacrificios e responsabilidade que nos trouxe a esta situação, somos mesmo diferentes nem oito nem oitenta, somos  quarenta...

quarta-feira, 6 de julho de 2011

As teorias do Alex

Tenho uma teoria de que gostos se discutem, desde q respeitemos os gostos dos outros, podemos em seguida esculachar com argumentos válidos ( todos os q gostam de Bon Jovi e Michael Bolton, deveriam ser castrados), ou gostar de "Preço certo" ou  " querida julia" seria motivo, para lhes retirarem 60% do subsidio de natal, para ajudar ao déficit nacional.
Isto a propósito do concerto dos Coldplay no Optimus alive, na mesma noite em q escrevo este artigo.Lendo a imprensa, e os comentários na web, a propósito da banda de Chris Martin apercebo-me q hoje em dia ser-se certinho e anti rock status e sem atitude anarquica e de rufias, não rende simpatias,e quem gosta  da banda de Chris Martin é betinho e gosta de musica easy listening.Enfim, sou suspeito, gosto mesmo destes bifes, e garanto-vos q não sou tipo de easylistening nem de musica de elevador, e tb não gosto nem vou á missa, com hard rock, nem heavy metal, nem trash metal, nem nem hip hop, no entanto tenho uma teoria...
Em tudo na vida há qualidade em todos os sectores, na pornografia há optimos, bons, maus e pessimos filmes, na country music igual, até (meu Deus até onde eu concessiono) nas revistas cor de rosa, há boas e más, como tal admito q até engulo e gosto de umas coisas dos Iron Maiden e ACDC, q até ouço umas coisas da Rhianna e assumo sempre amei os ABBA, enfim, sou eclético mas não concebo q alguém possa ouvir Coldplay e dizer, isto não presta....é como dizer eu não gosto de chocolate, eu posso não ser apreciador de chocolate, poderiam dizer como similitude aos Coldplay, mas não gostar de chocolate, é o nosso organismo rejeitá-lo, e isso, não admito q digam dos Coldplay...mas como há gostos para tudo...

sábado, 2 de julho de 2011

Os perigos dos estereótipos culminam na nação Lusa

Hoje assistia a uma sit com britânica "pulling" e não sendo caso unico,acabei a rir-me ás bandeiras despregadas, e de facto estou cada vez mais adepto do humor britânico, ok, já há décadas existia Benny Hill os Monthy Pyton, mas de facto nos ultimos anos, as alternativas a um humor cada vez mais sarcástico, irónico e imprevisivel, tornam os ingleses mestres no humor.No entanto ao longo dos anos, na minha cabeça os ingleses eram aqueles tipos brutos, q vestem fato de treino, ainda por cima, de mau gosto, q passam a vida em pubs, a encharcarem-se de cerveja, emitindo inócuas ideias.Concerteza existem tais personagens, como existe a ideia dos Columbianos, serem todos traficantes, mas dão-nos uma  vibrante Shakira e uns magnificos Guarin e Falcão, os Mexicanos uns fanáticos "siesteiros" q não fazem mais nada q dormir com "su sombrero" a sombra de um chaparro, mas capazes de nos deslumbrarem com uma Frida kallo , e os nórdicos serem uns sacanas frios, e racionais e todos loiros, depois surprendemo-nos q sejam capazes de nos emocionarem com artistas como Bjork e Abba, dos Portugueses? tristes, com o fado omnipresente,mas um povo de brandos costumes, simpático e hospitaleiros- mas,se o fado foi reeinventado, continamos com a perseguição do fado enquanto destino e qual será o nosso depois da crise? simpáticos e hospitaleiros, hummm já fomos, basta lembrar-mo-nos o q se está a passar no Algarve onde já há campanhas de avisos em Inglaterra, para se ter cuidado, pois os ataques aos estrangeiros estão a aumentar, culminando com o estado sisudo e interesseiro da sociedade Portuguesa, onde o materialismo frenético e uma falsa ideia de estarmos no pelotão da frente de uma Europa florescente, nos iludiu.Estereótipos, esses clichés cheios de perigos, já não são fiáveis, nem nunca foram, valha-nos a memória dos nossos herois do passado- D. Afonso Henriques, D. Henrique, Camões, Eça e Pessoa, D. Nuno Alvares Pereira,Vasco da Gama, Pedro Alvares Cabral, Egas Moniz, Padeira de Aljubarrota, e mais recentemente Paulo Futre ( irónico q tenha sido um "espanhol") a libertar-nos em época de cinzentismo do nosso fado triste e divertir.nos  com seus charters de chineses, salvem-nos do precipicio, iluminem-nos com a vossa genialidade, espirituosidade, bravura, q bem precisamos...