quarta-feira, 26 de setembro de 2012

F.C.Portugal

Parece estar na moda, usarem-se analogias futebolisticas, para caraterizar o estado atual social e económico da sociedade.O ultimo exemplo, foi Durão barroso, esse cliché de Português que funciona melhor quando emigra ( ainda q alguém com seus honorários, não represente o tipico emigrante) do que quando andava aqui a gerir nossos destinos.Perante jornalistas brasileiros e aproveitando a paixão brasuca pelo Futebol,o Presidente da Comissão Europeia, lá explicou que a Europa, sobreviveu á 1ª parte do jogo, sem nenhuma expulsão, e q precisa agora na segunda parte de marcar golos, para continuar na linha da frente.
Pois, bem, se é verdade que dependemos muito mais, do treinador e chefe da equipe europeia (uma tal de Angela Merkl) do que os nossos maus jogadores ( atual e anteriores governos), também é verdade que os jogadores têm sido grandes responsáveis do afundar do F.C.Portugal, jogadores que não têm noção que seu mau desempenho ao longo dos ultimos anos, têm afetado o povo particularmente ( adeptos q pagam suas quotas, bilhetes) e que perante uma terrivel crise, foram chamados a contribuir para o déficit do clube.
Irónicamente, os dirigentes do F.C.Portugal ( classe politica, sistema financeiro e grandes grupos empresariais) não estão a ser os principais "contribuidores" tendo sido os principais responsáveis por termos atingido este estado de coisas.
Na verdade, o que mais me transtorna, é estar num País bi partidário e Bi clubista ( Porto e Benfica por analogia ao PS e PSD) onde o poder apenas circula entre os dois ( q me perdoe o Sporting que de vez em quando chega ao poder via coligações ( vide CDS), onde a clubite é tanta, que os próprios adeptos que são explorados indecentemente, em vez de se concentrarem em quêm realmente os explora e quem contribuiu decisivamente para este estado de coisas, ainda passam a vida a dizer que a culpa é do Porto ou do Benfica conforme sejam laranjas ou rosas.
Mas quem de fato levou o F.C.Portugal a este estado de coisas, com crédito ilimitado cheio de facilidades para os sócios ( foi a banca e sistema financeiro) quem despesisticamente passou os ultimos anos a proteger o interesse privado de BPN's, Parcerias Publicó privadas, EDP monopolitista, Somagues e outras que tais, que seriam na analogia da bola, os empresários do mundo do futebol, foram a dupla ás vezes tripla dos 3 grandes da bola nacional.O engraçado nesta analogia futebolistica, é que ao contrário dos grandes clubes internacionais, no F.C.Portugal, os sócios sempre foram passivos, nunca reclamaram, aceitaram ordeiramente que lhes tivessem aumentado as quotas e preço dos bilhetes, para pagar as contratações milionárias que os dirigentes haviam feito junto com gastos faraónicos em estádios novos ( na analogia seriam as nossas auto estradas e infraestruturas q se tornaram obsoletas, pois, devido á crise, os sócios e simpatizantes já não vão aos estádios nem compram seus lugares anuais).
Como com pão e circo se enganam os tolos, já alguém dizia, irrita que neste F.C.Portugal os sócios e simpatizantes mesmo perante evidências, sofrimento, continuem a jogar o jogo dos dirigentes e jogadores que mesmo perdendo todos os fins semana, mesmo aumentando o déficit do clube, conseguem entreter o povo, com a clubite ( partidarite) aguda, que muitas vezes lhes tolhe o raciocinio.
Claro, a fome chegou, os sócios e simpatizantes sentiram na pele, que são os unicos que estão a pagar pela crise cuja sua responsabilidade é minima, e agora reclamam, ainda com timidos apupos e lenços brancos, talvez devessem aprender que não será assim, que conseguirão seus objetivos, e aprendam com o vizinho F.C.Espanha, que percebeu que só invadindo o campo e apertando os dirigentes e jogadores conseguirão levar sua ávante.
É que temo que os dirigentes e jogadores do F.C.Portugal troquem dois ou três jogadores um ou dois dirigentes, e voltem ao seu ADN, de perder jogos e passar fatura aos socios e simpatizantes, eles são muito mais em numero que os dirigentes e jogadores, são eles que no fundo pagam pela subsistência do clube, que paguem eles a crise, pensarão.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Acorda Portugal

Portugal é um País de brandos costumes, algo que concerteza já ouvimos.A nossa História, apesar de grandiosa, é cheia de demonstrações de "bananismo nacional"- Dom afonso Henriques, não criou o País numa luta sanguinária entre fações regionais, mas sim uma querela familiar com sua mamãe...D. Teresa, tendo após a batalha de são mamede, conseguido tomar a governação do Condado Portucalense e mais tarde, conseguiu reconhecer a formação de Portugal enquanto Nação.
A nossa história escreve-se de inúmeras situações de brandos costumes, e nem todos motivos de critica ou reprovação, aliás, quero desde já assumir, o meu Pacifismo, e tolerância, não sou adepto das mudanças, apenas á lei da bala, ou revoluções sangrentes e com as chamadas " baixas necessárias" mortes e violência é sempre de evitar, ainda que saibamos que as grandes mudanças do Mundo se fizeram quase sempre de forma sangrenta e violenta.
Portugal continua o seu registo de "brandos costumes" na epopeia das Descobertas, fazendo as nossas asneiras, tivemos um padrão de Colonização genéricamente "pacifica" com uma miscenização do qual me orgulho e cuja experiência Brasileira é bom exemplo, e que nessa questão especifica me orgulho e foi um bom legado ao Mundo.
Culminamos este flash back de milhares de anos de História com a "simbólica" Revolução dos Cravos" de 1974 uma das poucas revoluções que não tiveram mortes, onde as armas foram substituidas por uma flôr, lindo, mas poderiamos questionar se este nosso legado de memória, não nos foi "domesticando" ao longo dos tempos, tornando-nos Portugueses acomodados, e que como alguém terá dito, seremos uns potênciais "revoltados inofensivos".
Tudo isto a propósito da atual situação do País.
Desde logo, quero dizer, que não sou um comentarista a reboque da situação, e que me aproveito da geral insatisfação de algo que agora se torna facil criticar, basta verem artigos meus de há um ano atrás para perceberem que o que critiquei então, foram lamentavelmente  situações premonitórias no atual cenário politico e social do País.
Questionei logo, as primeiras atitudes suspeitas do atual governo, percebi logo indicios de neo liberalismo do pior, onde o ataque aos mais desfavorecidos e a proteção do grande capital era já obvia, a propósito, para todos os que acham que isto, mais não é que, um artigo ideológico e politico pro rosa, ou pró esquerda, dizer-vos o seguinte:
A minha vida, já foi demasiadamente áspera e feita de desilusões, também de indole ideologica, sou socialista sim, mas do socialismo que aprendi na escola, um socialismo que preconiza que o Homem merece ter igualdade de tratamento e oportunidades, algumas questões utópicas, mas prefiro o idealismo e ser criticado de sonhador, que de capitalista selvagem. Claro que rapidamente percebi que os nossos politicos são figuras que de ideólogos nada têm, mas sim, uma cambada de ex jovens das Jotas (juventudes quer social democratas quer socialistas) que nada fizeram nas vidas que jogarem desde miudos aos politicos, e aprenderam direitinho " os jogos de poder" e como ter cassetes gravadas dos politicos carreiristas.
Sinto vergonha de ter politicos cuja sensibilidade social, é uma encenação teatral de como parecer serio, e  responsavel mas cuja ação quando chegam ao poder, é o status quo das oligarquias do poder, que se lixem os trabalhadores e a classe média.Vivam as Sonaes, os Amorins, viva as PT's, Edp's as Brisas, Galp's porque sem estas empresas e seus patrões, não há emprego em Portugal sem elas, fazem serviço publico e altruisticamente, aliás  talvez por isto,explica q se queira "concessionar" a RTP, porque o grande capital sabe melhor que ninguém fazer serviço publico....tristeza esta meu povo.
Como quem tem lido meus artigos, sabe que estou totalmente desiludido com a maioria dos Portugueses (nos quais me incluo) há anos, e quero viver afastado do País nos próximos anos, tenho que ser inteletualmente honesto e assumir, que merecemos todos, o atual estado de coisas, e mais ainda quando vejo total passividade social perante tantas asneiras e incriveis injustiças sociais. Na Espanha, sem ajuda financeira pedida ao FMI, bastou haver suaves medidas de austeridade (comparadas ás Portuguesas), para os Espanhois terem vindo para a rua, e de forma violenta até.
Em Portugal, parece que teremos que estar todos de tanga ( uma grande percentagem já estamos) e passarmos fome e voltarmos aos anos oitenta, para que haja um levantamento social.
Os Portugueses estão pacificamente revoltados, e se achamos que somos "bons alunos" para a Troika, não percebemos q o sistema está feito para a usura e agiotas de alguns capitalistas que ganham com todo este circo, onde o palhaço mor, Alemanha, se esquece rapidamente que foi o 1º País, a incumprir com deficit's no pós união Europeia, e que se muito cresceu quase tudo o deve a União Europeia.

Sou Pacifista, mas apetece-me dizer, revoltem Tugas, se não acabaremos um Condado portucalense germanizado e um feudo dos neo capitalistas, que estão a fazer de Portugal um País a duas velocidades, os dos muitos ricos e os que são a nova " classe média baixa".... Quo vadis Portugal?

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O mar é azul e os peixes não

Nos dias que correm, a crise e necessidades do individuo em geral na nossa sociedade, obrigam ao que designamos de "passar graxa", como dizem nossos irmãos brasucas, ..." ser puxa saco" constantemente.
Segurar o emprego, agradar ao poderoso chefão ( não confundir com o titulo sui generis q os brasileiros deram ao Godfather - Poderoso Chefão), á pessoa, que nos pode tirar do sufoco, a alguém importante que acreditamos pode de alguma forma benificiar.
Nunca fui "puxa saco", nem "graxas", e tenho consciência que  na melhor das hipóteses isso, não me ajudou.
O pior do graxismo e puxa saquismo, é a hipocrisia de elogiarmos, agradarmos sem honestidade e genuidade, de parecermos uns sacripantas, e de soarmos a "lambe botas" talvez a expressão Portuguesa mais genuina das atrás mencionadas.
Nos dias que correm cada vez mais me fascinam e admiro pessoas que são genuinas, mesmo que ás vezes possam roçar o inconveniente ( convém não exagerar), pessoas capazes de não dizer banalidades, e serem diferentes, sim, porque infelizmente o normal hoje em dia, é sermos subservientes, submissos, e "capachos", anormal é haver alguém capaz de dizer o que pensa, mesmo que "politicamente incorreto".
Claro que como sempre a fronteira entre a coragem, a honestidade, frontalidade pode degenerar facilmente em crueldade, mau gosto e rispidez evitáveis, também conheço casos desses, mas simpatizo com o "politicamente incorreto" desde que doseado.

A ironia da vida, é que os puxa sacos, diriam perante estes argumentos,"... o que interessa é q eu ganho mais, consegui com meu puxa saquismo, ter um carro de luxo e aceder ao social light e jet set"...pois, mas isso é algo que tem a vêr com um sentimento que eu ainda valorizo -Honra... e isso ou se tem ou não se tem...
No fundo existem verdades "la palissianas"... que não deixam de ser genuinamente verdadeiras....o mar é azul e os peixes não ( oooops quase todos, pois devem haver alguns)...