terça-feira, 2 de agosto de 2011

Não quero acreditar

Estamos com um mês de governação, é pouco, dirão alguns, no entanto tendo em conta o contexto actual ( memorando de acordo com a Troika) um mês, equivale num periodo normal de governação a meio ano.
È que também se impuseram medidas e restrições em grande número e em tempo recorde.
Como tal, acho que já é justo, fazerem-se algumas considerações, ao desempenho e acima de tudo sinais que esta governação, já nos deu, sem ser atacado pela justificação, que ainda não se deu tempo, para o governo, ser escrutinado.
Ainda estou atónito e sem explicação para as medidas e tomadas de posição deste Governo, e acreditem que não é preconceito ideológico e político, e nem sequer já uma posição definitiva quanto ao carácter positivo ou negativo de tais medidas, mas que me deixaram sem explicação definitiva, e muito preocupado e atónito com primeiras impressões.
O imposto sobre rendimentos do trabalho, deixando de fora os rendimentos do capital, uma politica de sinais simbólicos de cortes nos gastos, que não sendo impactante nos resultados finais seriam pelo menos um sinal ( a poupança nas viagens em classes económicas avião, a história recambolesca dos ares condicionados no Ministério da Agricultura) mas infelizmente, temo que tenham sido apenas sinais simbólicos, pois quando chegamos aos grandes exemplos, a coisa é medonha, veja-se o caso do aumento de administradores da C.G.Depósitos, e culminando na privatização do BPN, com um resultado final inimaginável de muitos milhões de prejuizo, mas o mais grave de tudo ( o processo, sendo complexo, vem de trás e obviamente há muitos responsáveis) é a sensação de impunidade, de vermos que o Estado,e por consequência todos nós, pagaremos bem caro, por esta trapalhada, apenas ficou com o lixo, e parte de prejuizos do BPN, deixando activos de fora, e ainda sem vermos os criminosos que lesaram tanto o Estado,  serem castigados.Serão estes sinais relevantes do futuro próximo do País? de negociatas optimas com o alibi de época de crise, e das restrições impostas pela Troika? Teremos que assistir impávidamente, a que seja o povo, a pagar pelas asneiras e maiores responsabilidades do sistema financeiro, q esse vai assistindo á suas garantias de liquidez salvaguardadas pelo Governo, e pasme-se a manterem lucros substanciais, quando foram estes agentes os principais responsáveis pelo actual estado de coisas.Quero dar o benificio da duvida, mas os sinais são preocupantes...Quo Vadis Portugal....?