terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Redes Sociais Côr de Rosa

Sou daquelas pessoas que não me importo com sucesso e bem estar dos outros, pelo contrário,  regozijo-me em ver quem conheço  ter sucesso ou mais importante estarem felizes, dois conceitos díspares,  com graus hierárquicos diferentes de pessoa, para pessoa.
Esta questão da inveja e maledicência são duas carateristicas bem Portuguesas, mas a verdade é que se o mundo virtual fosse o reflexo puro do dia a dia das pessoas Portugal seria o melhor País do Mundo para se viver, basta deslizar o dedo indicador nos ecrãs touchsreen dos dispositivos electronicos com acesso ao facebook, e vemos fotos de mulheres de bem com o mundo, desfilando seus modelitos, suas magníficas férias,  seus eternos amores, suas familias felizes, seus status constantemente actualizados, homens cujos posts são sempre positivos, cujas fotografias, selfies são cuidadosamente preparadas, ângulos calculados, enfim somos um País de pessoas bem sucedidas,  felizes, bem vestidas, socialmente realizadas....ooops,mas como é possivel as noticias que apontam Portugal como um País de pessoas que se consideram infelizes? Estatísticas de um País de mentalidade ainda conservadora, a bater records de registos de mulheres e homens em sites dedicados à infelidade, pessoas que nas redes sociais se preocupam com número de "amigos virtuais" mas que no dia a dia, passa um ano sem sequer contactar 90% destes para sair, ou saber como realmente estão.
Claro que o oposto também não seria o certo, constantemente vir para as redes sociais, destilar desilusões,  tristezas, frustrações,  faria com que as redes sociais virassem muro das lamentações,  e um canal de contágio depressivo, mas viver em um mundo de aparências,  em que o parecer bem, é superior ao sentirmo-nos bem, torna-nos seres vazios, politicamente corretos, plásticos e sem genuinidade.
Existe uma música de uma dupla escandinava Koop, cujo titulo ( see the different you)e letra ao ouvi-la dias atrás,  me fez recordar algo totalmente verdade...pelo menos para mim, preciso sair do meu meio, do meu País,  para mostrar meu verdadeiro eu...um José Alexandre diferente....para melhor...mais leve, mais genuíno,  mais bem consigo próprio. Porque será? Terá a ver com este mundo Português do sermos condicionados a viver em função das aparências?O Homem é reflexo do seu meio...mas deve procurar o seu eu verdadeiro e tentar ser feliz... festas felizes e bom 2015, tentem ser felizes...

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Q será mais assustador?

Há anos que vou destilando meu desprezo pela Banca e sistema bancário. Poderá ser recalque de alguns traumas pessoais de ex sociedades, onde o principio de que... ninguém nos obriga a assinar nada,nem a recorrer à "bendita" banca, redundou em dores de cabeça e problemas terriveis q se arrastam anos a fio.
Bem, quanto ao principio q ninguém me obrigou até aceito, mas a verdade é que o sistema obriga-nos a termos contas( há inclusive programas apoio, subsidios, um conjunto de situações) em que é obrigatório termos conta bancária,  às vezes até a entidade bancária é determinada.
A banca é como uma entidade supra privada, ou seja acima das comuns empresas privadas, se estiverem à beira da falência,  vêm uns programas salvamento, uns fundos resolução,  uns mecanismos salvação que nenhum de nós,  q tenhamos empresa alguma vez teremos.
Aaaaa mas se não houver tais mecanismos, e intervenção do estado/governos é pior, gera-se instabilidade nos mercados, nos depositantes... dirão alguns especialistas e defensores do status quo... tudo verdade, mas à revelia de tudo isto alguns dos donos de Portugal ( sei q não é privilégio Português estes escândalos) vão gozando com o Zé Povinho, e mostrando que os maiores exploradores das sociedades modernas,  os usurários viraram agora também os maiores cangalheiros do atual estado do País.
É que estes senhores perceberam há anos que têm um estatuto muito acima do comum cidadão,  e sabem q ter um Banco é como ser jogador e ter um casino, a coisa sai sempre à casa, nunca se perde.imaginem irem a um casino q sabemos ser nosso, jogamos, perdemos uma fortuna, mas depois chamamos o gerente e dizemos... ouve lá,  devolve me o "carcanhol" que perdi, q sou dono disto...o gerente responde... chefe mas o dinheiro vai ter q sair de algures... ao que responde o chefe... os clientes vão pagar isto de qualquer jeito, aumentemos as tarifas, taxas, eles nem vão sentir.
Pois, todas estas analogias a propósito de mais um escândalo bancário ( BES) que como acabei de referir, é apenas mais um....escândalo Bancário.
Eu já não sei do que deveremos ter mais medo, se do que esta elite podre ( alguém já percebeu que de todos os grandes tubarões da banca o único q ainda não se descobriu trafulhices foi o BPI?) até ver, e como disse ...se descobriu, porque depois de tudo isto, não terão havido muitas mais trafulhices não descobertas, mas já pagas pelos nossos impostos, indiretamente?
Como dizia, já não sei se é destas trafulhices e constantes escândalos que nos devemos preocupar, mas se pela dose industrial de anestesia que o povo  já assimilou e não lhe permite acordar para a realidade, Bpn's, BPP's,BCP's... num País à séria,  já tinhamos tomado a banca de assalto, e quais Robin Hood's feito a redistribuição dos roubos encapotados anos e anos a fio, por um sistema financeiro corrupto, manipulador e que só as vicissitudes da própria crise ( ironicamente por esse mesmo sistema financeiro originado) vieram pôr a nu, assim como vento revela lixo debaixo dos panos, a crise, aumentou ainda mais a ambição desmedida, a falta de escrúpulos o despudor de uma elite podre que há anos, manda neste País,  e nós já encaramos cada escândalo,  com a normalidade de uma simples constipação,  sem perceber que as constantes constipações,  já passaram de gripes a graves pneumonias, que precisam de tratamento de choque...acordem Viriatos, que este País não aguenta mais, pagar por um cliché q já só se aplica a esta elite podre...viveram sempre acima das nossas possibilidades....essa é a verdade nua e crua...

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Espelhos da alma

Inicio de ano, tentamos sempre renovarmos expetativas,sonhos,ambições,  o triste falecimento de Eusébio, levou-me a refletir sobre algo, que ouvi, penso pelo Toni, de que o Eusébio teria como legado, extra a óbvia memória para a posteridade da sua genialidade e fantástica carreira, poder ter morrido em paz consigo. Pois como  Homem, conseguiu juntar a esse sucesso, confessar ao mesmo Toni, ter vivido uma vida em pleno, total, em que constituiu familia, teve filhas, criou uma empatia com todo um País,  amizades inúmeras,  estilo de vida q escolheu.

Obviamente, q não refleti em termos comparacionais, às questões de carreira e sucesso profissional, no final das contas, poucos são os iluminados como Eusébio e previligiados em talento, esforço e dedicação q conseguem tais façanhas.
Minha reflexão teve mais a vêr com objetivos mais tangíveis e alcançáveis,  q me fazem ter algum sentimento de angústia.
Sou uma alma independente, orgulhosamente livre, mas maduro o suficiente, para fazer auto análise de meu estado de alma, e objetivos de vida.
Sempre fui defensor q redes sociais e blogues,podem ser fontes de reflexões, mas nunca serão espelhos de alma.
Como diria a letra da malograda  Amália Rodrigues, há coisas q nem às paredes confesso.. E continuarei a pensar assim.
No entanto, a idade, experiência,  não dever nada a ninguém e algum desprendimento de pretenciosidades sociais, que hoje,manifestamente, não tenho, levam a algum despudor, em assumir carências,  lacunas,  , limitações,  e porque não assumi-lo desilusões de vida.
Estou algures no meio do caminho, e talvez seja por isso, q o viajante , olha para trás,  e reflete no que fez.....aliás, essencialmente, no que ainda não fiz.
A vida tem que nos dar sentido, e busco, como qualquer homem, esse preenchimento de alma que dá sentido.
E algo que poderia ser complexo, como análise de vida, é no fundo, algo simples....busco, apenas ser feliz, sentir-me realizado, dar sentido à vida.
E para 2014,apenas pretendo continuar a lutar comigo próprio,  por me sentir melhor ser humano, e de bem comigo próprio,  nem que para isso, continue qual viajante sem rumo, à procura do pote de ouro,no final do arco iris , e me perca temporariamente em triângulos das bermudas...thats fucking life....