terça-feira, 26 de março de 2019

Dilemas de vida

A vida são dois dias e um já passou, é um chavão que costumo usar, para passar a ideia, que deveríamos mesmo aproveitar o que nos falta de vida, porque nunca sabemos, se amanhã,já cá não estaremos ou adoeceremos e deixaremos de fazer coisas que hoje não valorizamos, mas acharemos fundamentais depois.

O tempo é um punhado de areia que escorre entre nossas mãos, e cabe-nos dosear a rapidez com que deixamos a areia acabar, por exemplo, já não escrevia aqui há mais de meio ano, e fui ver histórico deste meu blogue e artigos catárticos e de auto reflexão, e percebi que já tenho mais de 6 anos de reflexões que têm um padrão, mas evoluíram fruto de algo inevitável...a vida...
Essa caminhada é feita de aprendizados, quedas, e percepção que tu como indivíduo, não tens sequer domínio sobre a tua vontade.

Exemplo disso foi que aquando da chegada aos quarenta, fiz uma auto análise onde defini o que precisava melhorar para me concretizar e melhorar como ser humano na segunda metade de vida.
Foi fácil concluir que eram os afectos que precisavam dominar as minhas prioridades de vida.Dito e feito, achei que era algo dentro das minhas possibilidades de controlo.
Sim, o ter passado a esforçar-me por procurar amizades e afetos e sem dúvida encontrar parceira de vida foi o culminar dessa prioridade.
A vida é como é, e passados alguns anos,esta, quebrou-me, dobrou-me não porque não continue a considerar afetos fundamentais, mas porque como ser humano preciso da interação com pessoas e infelizmente com quem lidei, os afetos são secundários, primeiro estão os desígnios pessoais, as prioridades delas não são as minhas e nesta fase da minha vida um dilema me assola :
Conseguirei persistir nessa minha vontade mesmo quando consecutivamente as pessoas me desiludem? Ou desisto, e vivo como vivi maior parte da minha vida, no meu mundo, percebendo que é tarde demais, e estou cansado de tentar e acabar frustrado, ou encho-me de fé e insisto em acreditar que vale a pena?
Poderia inclusive suspeitar q a culpa é minha e se tal acontece sucessivamente, é porque também tens responsabilidades?
Concerteza que tenho, mas como sempre lutei e lutarei até ao fim, aceitando o que me cabe, não o que cabe aos outros, o dilema continuará, porque a vida já me ensinou que a minha vontade, vale o que vale, e o caminho faz-se ...caminhando...sem certezas que não, a de que tenho mais um dia, apesar do outro ter já acabado...

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